Você está aqui: Página Inicial > Campus > Palmeira dos Índios > Notícias > Aluno do Ifal Palmeira relata experiência no Parlamento Jovem Brasileiro (PJB)
conteúdo

Notícias

Aluno do Ifal Palmeira relata experiência no Parlamento Jovem Brasileiro (PJB)

por Monique de Sá publicado: 10/10/2018 13h07, última modificação: 10/10/2018 13h44

Com apenas 18 anos, José Ferreira Leite Neto, também conhecido como “Firmino”, esteve na semana passada (01/10 a 05/10) na capital federal representado Alagoas no programa Parlamento Jovem Brasileiro (PJB), que visa trazer para os participantes uma vivência do trabalho de um deputado federal, na Câmara. A simulação da jornada parlamentar é um evento concorrido que contou, este ano, com 78 jovens de todos os estados do país. “Firmino”, aluno do Ifal de Palmeira dos Índios, do curso de Informática, falará um pouco de sua atuação, nesta entrevista exclusiva para nosso site.

PJB7.jpgIfal PÍn: José, durante uma semana (01/10 a 05/10) você esteve em Brasília, mais precisamente na Câmara dos Deputados, representando Alagoas no PJB. Para você, como foi essa experiência?

PJB: É uma experiência muito enriquecedora em todos os âmbitos. Considero que tenha sido até um experimento sociológico, pois tivemos contato com jovens de todo o Brasil. E, então, pudemos notar as diferenças entre regiões quanto a posicionamentos políticos, por exemplo. Além disso, foi possível perceber, também, diferenças de opiniões entre jovens de um mesmo estado.


PJB3.jpgIfal PÍn: Como é o dia a dia de um PJB?

PJB: Há momentos de interação, mas também de decisões rápidas. Palestras sobre todo o processo legislativo, funcionamento dos partidos, protagonismo juvenil, 30 anos da Carta Magna. Além disso, fizemos uma visita guiada pelo Congresso e um city tour cívico em Brasília. Debatemos projetos, formamos comissões…


PJB6.jpgIfal PÍn: Por falar em Comissão, seu trabalho foi inserido na de Saúde e Segurança Pública e você chegou a ser líder de um partido (União Democrática). Como se deu esse processo?

PJB: O UD era de centro-direita e possuía 13 membros, tendo como diretrizes: serviço público de qualidade, transparência, liberdades individuais e liberalismo econômico. Quanto à Comissão, elas foram definidas previamente junto ao projeto que relataria. Esta é uma decisão tomada pela equipe do PJB, meses antes da jornada. Vale frisar que fui relator de um projeto sobre robô terapia no tratamento de pacientes, este aprovado por unanimidade.


PJB1.jpgIfal PÍn: Em Alagoas foram 27 projetos inscritos e apenas um selecionado, no caso, o seu. Qual teria sido o diferencial do seu trabalho tratando da qualificação profissional de reeducandos em regime semiaberto do sistema prisional?

PJB: Acredito que pela inovação do projeto. É algo novo que não é tão debatido e que trata sobre segurança pública. Penso que esse tenha sido o diferencial.


Ifal PÍn: O PJB simula uma jornada parlamentar. Assim temos o momento de posse, formação de mesa diretora, debates, palestras, oficinas… Durante sua participação na Câmara qual momento mais te marcou?

PJB: A primeira vez em que entrei no Plenário Ulysses Guimarães, no momento da posse, marcou muito. Quando sentei naquela cadeira, eu senti uma atmosfera diferente. Foi emocionante! Houve colegas que choraram. E o último momento, também realizado neste plenário. Em 15 anos de PJB, essa foi a primeira vez que a última sessão ocorreu lá. Foi algo marcante também pelos 30 anos da nossa Constituição Federal.


Ifal PÍn: Vocês tiveram a oportunidade de ter uma vivência acerca de todo o processo democrático. Em relação ao seu projeto: o que de novo foi apreendido e que poderá ser utilizado como melhorias?

PJB: O teor do projeto em si não foi alterado, sendo aprovado por unanimidade. Foram colocados substitutivos para que não se ferisse a constitucionalidade. Por exemplo, uma parte dele que delegava à Secretaria de Segurança Pública novas responsabilidades e isso o Legislativo não pode fazer. Assim, tivemos que substituir por órgão público competente. Outra questão foi a de analisar previamente o nível educacional dos reeducandos, para que ao entrar em um curso técnico, eles tivessem uma boa base em disciplinas como Português e Matemática. Sem dúvidas, essa experiência contribuiu para minha formação humana… Ter contato com pontos de vista diferentes, consegui ver sentido no que eles falavam, mesmo não concordando. Isso fez eu me tornar uma pessoa mais tolerante, aceitando as opiniões divergentes. Além, é claro, de ter tido acesso a todo conhecimento técnico de teor legislativo.


Ifal PÍn: Há chances de o seu projeto ser utilizado no futuro por algum deputado?

PJB: Sim. Há essa chance, tanto para os aprovados quanto para os rejeitados. Caso um deputado queira apadrinhar, ele poderá levar o projeto até a Comissão e, respeitando todos os trâmites, chegar até o Senado Federal e, por fim, passando pela sanção do presidente da república. É possível que daqui a uns anos eu receba esta notícia. Todos os projetos desses 15 anos de PJB estão lá disponíveis.


Ifal PÍn: Por fim, José. Depois de tantos aprendizados e conhecimentos adquiridos, qual seria o próximo passo?

PJB: Mesmo trabalhando com Informática, eu gostaria de atuar nesta área voltada à política e às causas sociais. O que eu puder contribuir sendo mentor de futuros PJBs (candidatos) ou contribuindo com a discussão do meu projeto, eu farei. Como Emily Taveiros (PJB de Alagoas em 2017 e ex-aluna do campus) me ajudou, eu também pretendo auxiliar essas pessoas que tenham interesse em concorrer.