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Aluno do Ifal Palmeira compartilha experiências na NASA

por Monique de Sá publicado: 14/02/2020 12h08, última modificação: 17/02/2020 09h34

A chegada de um aluno do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, a um centro de treinamento da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) causou curiosidade não só entre a comunidade acadêmica da unidade de ensino, mas em todo o estado. Após passar dez dias nos Estados Unidos e ser notícia em diversos sites, Alex Gomes, 17 anos compartilha toda sua experiência adquirida nesta “jornada espacial”.

foto6.jpgNo Space Center University, em Houston, Alex teve contato com estudantes de diversas partes do mundo como: Chile, China, Inglaterra, entre outros; além de conhecer astronautas que atuam na própria NASA. No programa de intercâmbio, o desenvolvimento de atividades voltadas para o trabalho em equipe, comunicação, liderança e criatividade.

Logo no primeiro dia, uma grata surpresa: a construção e lançamento de um foguete com combustível sólido, atividade que já tinha desenvolvido no Ifal com auxílio do professor de Física e orientador, Rodrigo Raposo, mas com garrafa PET e água pressurizada. Todos os módulos fomentavam a prática nos intercambistas e a competição entre equipes, objetivando a busca por conhecimentos.

foto2.jpgOutra atividade bem legal foi a confecção de um escudo térmico. Um que suportasse a temperatura de 2 mil graus Celsius e outro que resistisse a -197 graus Celsius mergulhado em Nitrogênio líquido. Tivemos dez minutos para escolher três materiais para confeccionar o escudo”, conta Alex.

Para simular um ambiente de microgravidade, a NASA construiu uma piscina gigantesca, conhecida como Laboratório de Flutuação Neutra, com 31 metros de comprimento, 63 metros de largura e 12,3 metros de profundidade. “Visualizamos a equipe de Salvação da Marinha fazer antes para que depois pudéssemos executar. Neste ambiente, é simulado um ambiente de microgravidade com ausência de peso. Recebemos instruções de mergulhadores e realizamos a atividade em uma piscina de 6 metros de profundidade”, diz.

foto5.jpgAs atividades práticas ainda envolveram a simulação de uma moradia no “planeta vermelho”, Marte. Através da confecção de uma maquete, as equipes puderam trabalhar com algumas adversidades, como radiação, insuficiência de água e oxigênio, pressão atmosférica, entre outros.

Oportunidade única

Para o garoto de 17 anos, essa oprtunidade mudou sua vida e seu futuro profissional. A experiência do intercâmbio trouxe a concretização de um sonho e a melhoria de aspectos pessoais do estudante. “Percebi que minha comunicação tem melhorado muito. Estou mais adepto ao trabalho em equipe, afinal pude conhecer pessoas de diversas partes do mundo. Do Brasil, por exemplo, fiz amizade com todos”, garante.

Brasileiros.jpgAlém dos cursos na NASA, Alex pôde vivenciar ativiadades extras fora do centro de treinamento, como a visita ao “Houston Museum of Natural Science”, um dos mais populares dos Estados Unidos, com quatro andares de salas e exposições de ciências naturais. “Sem dúvidas, após tudo que pude vivenciar esta experiência fará uma diferença e tanto no meu currículo, principalmente porque pretendo aplicar em uma faculdade no exterior”, conclui Alex.

Compartilhando conhecimentos

A pretensão tanto de Alex quanto de Raposo é propagar todo o conhecimento adquirido pelo garoto com os estudantes do Ifal Palmeira. Nesta semana, Alex esteve em salas de aula falando um pouco da sua vivência na NASA. A expectativa é que ele realize palestras no campus para toda a comunidade acadêmica e estimule outros alunos a se interessar mais pela Física e pela área aeroespacial.

Microgravidade 4.jpg