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Oito mulheres fazem história no Ifal Murici com certificação na primeira turma de Alimentos/EJA
“Nunca é tarde para recomeçar e conquistar um sonho.” A frase ganhou vida no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Campus Murici, na última terça-feira (9/9), quando oito mulheres celebraram a certificação da primeira turma do curso Técnico Integrado em Alimentos na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos).
O evento foi marcado pela emoção, pelo reconhecimento das trajetórias de superação das formandas e pelo simbolismo de uma conquista que alcança famílias, comunidades e também o Instituto. A solenidade contou com a presença de autoridades do Ifal e do município. Compuseram a mesa o reitor Carlos Guedes, o diretor-geral do campus Murici, Rodrigo Oliveira, a pró-reitora de Ensino, Cledilma Costa, a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Eunice Palmeira, o pró-reitor de Extensão, Gilberto Neto, a coordenadora do EJA, Fátima Amorim. Também participaram a secretária municipal de Relações Institucionais de Murici, Vanusia Maria, gestores do campus e coordenadores de cursos, entre eles Herbert Nunes, Vanessa Gusmão, André Cordeiro, paraninfo da turma, Márcia Andrea, paraninfa, e Victor Hugo, coordenador de Agroindústria.
A cerimônia contou ainda com a presença de professores, amigos e familiares, que aplaudiram a cada momento. O ambiente de celebração mostrou que a conquista foi coletiva, fruto do empenho das estudantes e da equipe do Ifal.
Em seu discurso, o reitor Carlos Guedes destacou que cada certificação representa a realização da missão institucional de levar educação pública e de qualidade a quem mais precisa. Ele afirmou que o Ifal tem buscado constantemente melhorias para todos os campi e que se empenha na conquista de emendas parlamentares e recursos voltados à ampliação da infraestrutura, à alimentação estudantil, ao transporte e à contratação de mais profissionais. O reitor ressaltou ainda a emoção de ver os estudantes concluindo seus cursos: “A cada diploma entregue, nós temos vidas transformadas: a de quem recebe e a de quem acompanha essa conquista. Esse é o sentido maior da nossa luta diária”, declarou, sob aplausos.
Entre as protagonistas da noite, a aluna Maria Rita, conhecida como irmã Rita, emocionou o público ao compartilhar sua trajetória de luta. Com o canudo nas mãos, levantou a voz e gritou: “Resistir, persistir e nunca desistir.” Em sua fala, lembrou que a turma começou com 39 estudantes e apenas oito chegaram até o fim. “Muitas vezes tivemos vontade de desistir, mas os professores nos incentivavam muito”, contou.
Moradora do assentamento Dom Helder, Rita relatou como a educação transformou sua vida. “Eu pensava que não era para mim, que era apenas para minha filha. Hoje eu digo que também é para mim e para todas nós que acreditamos”, declarou, sendo aplaudida de pé pelo público. Ela fez questão de agradecer ao reitor pelo cuidado de enviar uma servidora para conhecer seu percurso e acompanhar sua situação, além de reconhecer o apoio da direção do campus e de todos os professores.
Educação que transforma
A cerimônia deixou claro que a educação vai além das salas de aula: transforma caminhos, renova esperanças e projeta futuros. Em Murici, oito mulheres mostraram que coragem e perseverança mudam destinos individuais e inspiram toda comunidade.