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Seminário debate condições essenciais para o Ensino Médio Integrado

Pesquisadora Lucília Machado proferiu palestra no auditório Oscar Sátyro
por Gabriela Rodrigues publicado: 06/10/2023 14h35, última modificação: 06/10/2023 15h34
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Pesquisadora Lucília Machado proferiu palestra no auditório Oscar Sátyro

A integração entre componentes curriculares da educação geral e profissional foi o tema principal que movimentou o debate e a troca de experiências entre os participantes do 1º Seminário de Formação para o Currículo Integrado, evento realizado nesta sexta-feira no Ifal Maceió e promovido pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen), junto ao Departamento de Educação Básica (DEB) e à Coordenação de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) do Ifal. 

Fátima Amorim, explica que integração curricular entre disciplinas específicas dos cursos técnicos e as gerais, de conhecimentos básicos do ensino médio, é um fator fundamental para reduzir a taxa de evasão de alunos, sobretudo da EJA.O seminário tem como objetivo promover a formação continuada de docentes e técnicos com foco no currículo integrado como fator de permanência e êxito de estudantes da educação básica e de graduação. A organizadora do evento e coordenadora de Educação de Jovens e Adultos (EJA) integrada à Educação Profissional e Tecnológica (EPT), Fátima Amorim, explica que a integração curricular entre disciplinas específicas dos cursos técnicos e as gerais, de conhecimentos básicos do ensino médio, é um fator fundamental para reduzir a taxa de evasão de alunos, sobretudo da EJA. 

"Quando nossos professores aliam o conhecimento técnico, da educação profissional, ao conhecimento mais geral sobre humanidades, ciências, linguagens ou cálculos, por exemplo, temos um modelo de educação integrada e integral que forma o aluno são somente para o mundo do trabalho, mas para a cidadania, para a vida. Quando ele entende o 'porquê' de aprender aquelas disciplinas, vê muito mais sentido em sua formação, no uso de conhecimentos mais gerais em sua profissão e assim permanece no curso", analisa Fátima.

Outro  aspecto importante apontado pela coordenadora do evento é a continuidade da formação docente voltada para o currículo integrado: o evento presencial desta sexta-feira é apenas o início de um conjunto de formações com o intuito de atualizar os projetos político-pedagógicos, PPC´s, dos cursos do Instituto. "Teremos, ainda neste ano, mais três encontros de forma remota, mas que dão continuidade ao debate que iniciamos hoje. Serão abordados os temas da aprendizagem significativa, discutiremos como construir um PPC na perspectiva do currículo integrado e também teremos uma troca de experiências com a professora Juliana Aguiar, do curso de Artesanato/EJA, sobre como isto se dá na prática, pois verificamos esta realidade entre os alunos artesãos do Ifal Maceió".

O evento teve representantes de Pró-Reitorias e docentes do IfalFátima destaca que após os encontros formativos que acontecem ainda nesta ano, docentes, estudantes e pedagogas do Instituto estarão envolvidos/as na confecção de PPC´s na perspectiva do currículo integrado a partir de fevereiro de 2024. "As matérias da formação geral não podem existir apenas para resolver questões de prova. É muito mais do que isso", conclui.

A formação sem "dualidade"

O evento foi aberto com a presença de pesquisadores da área de EPT, gestoras/es da reitoria do Ifal, docentes e técnicos de diferentes campi do Instituto e com a palestra da professora e pesquisadora Lucília Machado, doutora em Educação nas áreas de História, Política e Sociedade. Atualmente, é professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais e autora de livros e artigos focados em Politecnia e Ensino Integrado.

Lucília falou sobre o entendimento do trabalho como princípio educativo e destacou o ensino integrado como fundamental para a formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmo e com o mundo.Em sua palestra, Lucília falou sobre o entendimento do trabalho como princípio educativo e destacou o ensino integrado como fundamental para a formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmo e com o mundo. "O ser humano está vocacionado para uma formação integral. Precisa ser formado como um ser pensante, numa educação conjunta para atividades intelectuais e manuais, sem dualidade", explicou.

A pesquisadora também abordou aspectos constitucionais sobre o assunto, destacando que a Constituição Federal trata a educação e pleno desenvolvimento da pessoa como necessária "ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Lucília falou, também, nas diferenças regionais que estimulam conhecimentos específicos adaptados à realidade local, citando como exemplo campi dos Institutos Federais localizados em áreas rurais, que estimulam aprendizados na área de agropecuária.