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Professor do campus Maceió representa Ifal na COP30 com proposta sobre biorremediação na Amazônia

Demétrius Morilla integra comitiva oficial na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30)
por Gabriela Rodrigues publicado: 13/11/2025 15h07, última modificação: 13/11/2025 15h19
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COP 30 é um dos principais eventos do mundo sobre mudanças climáticas

O Instituto Federal de Alagoas terá participação na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. Considerado um dos principais eventos do tema no mundo, a conferência contará com a presença do professor e pesquisador do Ifal Demétrius Morilla, conselheiro-diretor do Conselho Regional de Química – 17ª Região (CRQ-XVII/AL), convocado pelo Conselho Federal de Química (CFQ) para integrar a comitiva oficial do Sistema CFQ/CRQs no evento, que neste ano acontece em Belém (PA).

Professor Demétrius em laboratório no Ifal MaceióDurante o evento, o professor irá representar o Ifal em atividades na Green Zone (Zona Verde), espaço destinado ao diálogo com a sociedade civil, universidades, instituições científicas e organizações internacionais, levando à comunidade o debate sobre “A Amazônia como laboratório vivo da biorremediação”, com foco nas contribuições da Química e da Biotecnologia para a recuperação de áreas degradadas e para o enfrentamento das mudanças climáticas. O tema será discutido em apresentação no próximo dia 18 (terça-feira), das 16h às 17h15, no estande do CFQ na Zona Verde da conferência.

Em sua exposição, o professor apresenta estudos que tratam da biorremediação não como um processo natural automático, mas uma estratégia planejada que requer pesquisa, monitoramento e responsabilidade ambiental. Ela representa a integração entre ciência, política ambiental e ética ecológica. "O tema  Amazônia como Laboratório Vivo de Biorremediação trata da aplicação de microrganismos, fungos e plantas na recuperação de solos, águas e ecossistemas contaminados por atividades como mineração, extração de petróleo, desmatamento e agricultura intensiva. A biorremediação é uma ação técnica e controlada, baseada em ciência, que auxilia a natureza a reagir positivamente quando o ser humano reduz os impactos e atua com responsabilidade.

Indicativos de estudos a Amazônia são apontados em pesquisa do professor do Ifal MaceiNa Amazônia, onde a pressão ambiental é intensa e a biodiversidade é vasta, essa abordagem une conservação, conhecimento científico e uso ético dos recursos naturais", explica o docente, ao apontar estudos demonstrando como a química e a biotecnologia podem atuar de forma sustentável na restauração de ecossistemas amazônicos.

O pesquisdor constata que técnicas como micorremediação, fitorremediação, bioestimulação e bioaumentação são destacadas como alternativas de baixo impacto ambiental, capazes de transformar poluentes em compostos menos tóxicos e contribuir para a restauração dos ecossistemas, proposta que será levada ao conhecimento da comunidade e debate na COP 30. 

Pesquisa e Participação

Demétrius Morilla integra comitiva oficial na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30)A indicação de Demétrius para a conferência partiu do CRQ-XVII, em alinhamento com as temáticas da COP30 e com a trajetória construída no Ifal, onde atua há quase duas décadas integrando ensino, pesquisa e extensão em Química. O professor é membro do Grupo de Pesquisa em Síntese, Análises Químicas e Caracterização de Materiais (GSAQCM), coordenado pelo professor Johnnatan Duarte de Freitas, e doutorando em Biotecnologia (RENORBIO/UFS), desenvolvendo uma pomada cicatrizante inovadora a partir de espécies vegetais da Amazônia e da Mata Atlântica.

"Mesmo sendo professor do Nordeste, o acesso a bases científicas permite revisões e análises integradas sobre a Amazônia Legal, o que contribuiu para levar à COP30 um olhar técnico, ético e humano sobre biorremediação e preservação ambiental", avalia o professor. Para o IFAL, a participação na COP30 representa uma oportunidade de visibilidade institucional e acadêmica, evidenciando o papel da educação profissional e tecnológica na formulação de soluções para problemas globais. "Participar da COP30, na Green Zone, é um marco na minha trajetória e uma oportunidade de representar o ensino público federal em um espaço global de debate climático, levando a experiência do Ifal na união entre sala de aula, pesquisa aplicada e sustentabilidade e  reafirmando o compromisso institucional com a ética, a inovação e a defesa do meio ambiente", sintetiza Demétrius.