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Pesquisa sobre falhas em testes de softwares é premiada em conferência internacional
Professor Elvys e pesquisadores foram premiados pelo artigo em em conferência internacional
O professor de Informática e Sistemas de Informação do Ifal Maceió Elvys Soares teve artigo premiado como o melhor atigo da conferência sobre engenharia de software experimental International Symposium on Empirical Software Engineering and Measurement (ESEM), o mais importantes do mundo na área, realizado na cidade de Nova Orleans (EUA).
O artigo, intitulado “Manual Tests Do Smell! Cataloging and Identifying Natural Language Test Smells” trata de indicativos de problemas de qualidade encontrados em testes manuais de software. O artigo surgiu da pesquisa realizada pelo professor Elvys durante seu doutorado no Centro de Informática da Universidade de Pernambuco - UFPE e também teve a participação dos orientadores André Santos e Márcio Ribeiro e a colaboração de uma equipe de pesquisadores da UFPE, UFAL, UFCG, UFBA e UnB.
Na pesquisa, o docente explica que analisou testes tilizados em três sistemas: um open-source (código aberto, chamado Ubuntu); um sistema público, usado nas urnas eletrônicas por meio de uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outro privado, pertencente a um fabricantemundial de smartphones. “A automação de testes é a atividade de criar testes automáticos para detectar problemas de software. Mas como no fim das contas é software que testa software, pode acontecer dos testes não terem sido programados da melhor forma“, explica o pesquisador, ao definir o que são Test Smells. “Smells são problemas na execução ou manutenção dos testes feitos para determinados sistemas, o que significa um defeito na qualidade destes. Em outras palavras, alguma coisa nesse teste não está me cheirando bem", define Elvys.
Ao analisar os testes, os pesquisadores constataram condições, ambiguidades, estilos de escrita diferentes e diversos outros problemas que podem fazer com que o testador, ao ler a descrição do que deve ser feito, não saiba exatamente o que fazer no software ou o que verificar. “A essa altura, já sabemos que problema de qualidade no teste pode esconder problema de qualidade no software. Na pesquisa percebemos que o volume de testes existentes para um determinado sistema pode ser grande a ponto de inviabilizar sua análise manual. Assim, programamos um robô para percorrer essas descrições e pontuar os possíveis problemas de qualidade, os nossos smells", relata o pesquisador.
Elvys destaca que o ponto alto da pesquisa foi a criação de Robô, que, segundo ele, “já nasceu poliglota" e foi programado para analisar automaticamente 2000 descrições de testes manuais escritas em inglês e português. Os resultado das captações feitas pelo robô gerou os resultados relatados no artigo premiado e apresentados na conferência de Engenharia de Sotware Experimental ESEM.