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Napne completa oito anos de atividades com equipe renovada e equipamentos de acessibilidade
O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne), do Ifal Maceió, celebrou oito anos de existência com evento comemorativo no campus, nesta quinta-feira (22). Na oportunidade, o diretor geral do campus, Damião Augusto, agradeceu ao empenho de toda a equipe técnica pela ampliação de possibilidade de inclusão de alunos em diversas atividades, devido à acessibilidade pedagógica proporcionada pelo Núcleo. O diretor também gravou um vídeo com tradução para libras, legenda e áudiodescrição voltado aos alunos atendidos pelo Núcleo.
Em seguida, foi feito o agradecimento a aluna Ana Gabrielly (autista), que presenteou o setor com uma nova logomarca e a criação da identidade visual do setor. Ana Gabrielly foi presenteada com uma caneca com nova logomarca criada por ela. O evento foi finalizado com o planejamento para 2023 como cursos de libras, de braile, revisão dos protocolos de atendimentos psicopedagógicos, eventos e congressos.
"São oito anos de muita luta e compartilhamentos em prol de uma educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva. E nesta ocasião, em especial, fechamos o ano com muita gratidão a gestão, aos docentes, técnicos-administrativos, colaboradores e parceiros, pois foram muitos os avanços, possíveis somente com o trabalho em conjunto", destacou o professor Charridy Max, coordenador do Napne.
Instituído em 2014, o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) é um setor propositivo e consultivo voltado ao atendimento e acessibilidade de estudantes com necessidades educacionais específicas. O setor ganhou amplitude nos anos de 2018 e 2019, por conta da admissão de novos profissionais, formando uma equipe técnica mais capacitada para dar suporte aos alunos PNE.
Nos últimos anos, o Napne promoveu uma série de capacitações para os professores que possuíam alunos com necessidades educacionais específicas, como também ao público interno, demais docentes e alunos. Formações sobre Dislexia, Necessidades cognitivas (paralisia cerebral), Necessidades visuais (cegos e visão subnormal), Necessidades auditivas (surdo e deficientes auditivos), além de atividades de extensão/pesquisa como o curso de Libras e participações nas semanas pedagógicas.
Em 2022, o Núcleo foi incrementado com a chegada de novos profissionais como também de novos equipamentos para acessibilidade, possibilitando ao setor ganhos em termos de qualidade no atendimento ao público escolar e ampliação do suporte a diversas deficiências e transtornos globais de desenvolvimento. Compõem a atual equipe técnica do Núcleo uma psicopedagoga (Camila Izidio), duas intérpretes de libras (Gilmara Farias e Sheila Belo), um transcritor e revisor braille (Édipo Adriano) e uma cuidadora/auxiliar de sala (Joana D´Arc); além dos membros já integrantes da equipe Charridy Max (coordenador), André Luiz (vice-coordenador), Margarida de Almeida (secretária) e doas monitores Mauro Sérgio (Física), Pedro Silva (Química), Douglas Flirting e Tenirto Rosendo (Matemática).
Além do suporte técnico, o Napne teve seu espaço ampliado de atendimento, disponibilizando ambiente confortável e climatizado para receber os alunos que precisam de algum atendimento específico ou aulas de monitoria, e recebeu modernos equipamentos que permitem a elaboração de materiais adaptáveis e auxiliam no processo de ensino aprendizagem dos alunos especiais. Conheça as novas aquisições do Napne conquistadas em 2022:
Máquina fusora: também conhecida como impressora térmica, possibilita reproduzir imagens impressas em alto relevo, criando possibilidade de experiências táteis para pessoas com deficiência visual ou baixa visão.
Lupas eletrônicas: A lupa eletrônica é um sistema de ampliação que se utiliza de uma câmera que filma textos e imagens reproduzidos na tela do próprio aparelho, numa televisão ou na tela de um computador. Estas lupas são muito indicadas para leituras mais longas ou para casos em que o aumento de uma lupa comum não é o suficiente
Máquina Perkins: Criada em 1952 e também chamada de Perkins Brailler é a mais tradicional máquina de escrever que se tornou referência mundial por sua qualidade e eficiência na escrita Braille. Os modelos atuais são mais robustos, portáteis e duráveis, e permitem prosuções com maior qualidade que os modelos tradicionais.
Regletes e punções: Sempre acompanhada da punção, a reglete é um dos primeiros instrumentos criados para a escrita Braille. Ela foi adaptada do próprio criador deste alfabeto usado para que pessoas cegas possam ler e escrever, por meio de uma experiência tátil.
Impressora Braille: O equipamento é capaz de converter textos comuns para o braille, e é amplamente utilizada para a produção de materiais educativos e acessíveis. Utiliza papel mais encorpado e tem agulhas especiais para fazer as ranhuras nas duas faces da folha. Tendo incluídos alto-falantes, permitindo que usuários possam ouvir o que vai sendo escrito, fazendo o acompanhamento da impressão.
Teclados ampliados para baixa visão: são teclados perfeitamente normais ao nível do tamanho e funcionalidade, a diferença reside na dimensão das teclas, no tamanho das letras com um aumento de 400% relativamente aos teclados tradicionais e no contraste mais intenso das letras face às cores das teclas, permitindo uma experiência visual inclusiva.