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Ifal, Ufal e Uneal celebram parceria para pesquisas no Polo Tecnológico Agroalimentar

Em reunião, pesquisadores firmaram acordo para desenvolvimento de pesquisa e tecnologias para região do Agreste
por Gabriela Rodrigues publicado: 22/04/2021 23h37, última modificação: 26/04/2021 15h40
Pesquisadores e gestores das três instituições firmam parceria em prol de desenvolvimento científico e tecnológico do Agreste alagoano

Pesquisadores e gestores das três instituições firmam parceria em prol de desenvolvimento científico e tecnológico do Agreste alagoano

Uma parceria firmada entre pesquisadores do Ifal Campus Maceió, da Universidade Federal de Alagoas - Ufal e a equipe gestora da Universidade Estadual de Alagoas - Uneal vai fomentar a realização de pesquisas no Polo Tecnológico Agroalimentar, um espaço destinado ao desenvolvimento de pesquisa e tecnologias para região do Agreste com potencial para prestação de serviços a agricultura familiar e demais produtores, situado no município de Arapiraca e administrado atualmente pela UNEAL.

Em reunião com a equipe gestora da Uneal, os professores  Johnnatan Duarte de Freitas e Demetrius Morilla, do Grupo de Pesquisa Síntese, Análises Químicas e Caracterização de Materiais (GSAQCM) do Ifal Maceió, com o professor Ticiano Gomes do Nascimento, do Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Controle de Qualidade de Medicamentos e Alimentos, do curso de Farmácia da Ufal, definiram estratégias a serem desenvolvidas no Polo Tecnológico Agroalimentar, onde existe uma estrutura própria para desenvolvimento de pesquisa, prestação de serviços e formação extensionista à comunidade, contando com laboratórios para desenvolvimento de sementes e mudas, análise de solo, água e análises microbiológicas.

Uma das ações resultante da parceria entre as instituições é a pesquisa em andamento sobre a ação da própolis marrom contra cepas de microrganismos, como exemplo staphylococcus aureus e cepas multi-resistentes de bactérias. A pesquisa é focada nas propriedades terapêuticas da própolis marrom, encontrada na região de União dos Palmares, e envolve a participação do pesquisadores das três instituições envolvidas. Ao Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Controle de Qualidade de Medicamentos e Alimentos, da Ufal, cabe a elaboração dos extratos da própolis, realização de testes farmacológicos, padronização dos extratos e o estudo  de outras formas de biodisponibilidade dos materiais (através de solução etanólica, microencapsulamento, capsulamento em alginato de sódio).

Os pesquisadores da área de Síntese, Análises Químicas e Caracterização de Materiais, do Ifal Maceió, ficam responsáveis pela caracterização das formas de biodisponibilidade dos extratos microencapsulados, pelas análises por microscopia de varredura, pela estabilização térmica por meio de uma análise técnica chamada termogravimetria e pela caracterização química de fenóis.

Aos pesquisadores da Uneal, coube o teste de atividade antimicrobiana frente a cepas multirresistentes de ambientes hospitalares e padrões. Embora a própolis marrom tenha se mostrado eficaz no combate a bactérias resistentes como a staphylococcus aureus,  causadora de infecções respiratórias, por exemplo, não há indícios de eficácia no combate ao coronavírus. "Existem alguns estudos com própolis verde na USP, indicando que há alguns aspectos de melhora no quadro clinico. Pesquisamos se o mesmo acontece com a própolis vermelha, encontrada aqui em Alagoas, mas ainda em andamento no comitê de ética, para realizarmos os testes em pacientes.  Porém no momento não é o foco. A pesquisa atual trata da própolis marrom, que tem outras propriedades também muito importantes", explica o professor Demétrius Morilla.

Ações em conjunto

Na reunião entre pesquisadores e gestores, o reitor da Uneal, Odilon Máximo de Morais, destacou que a colaboração entre instituições de ensino superior da rede pública no Estado de Alagoas, bem como as parcerias entre os grupos de pesquisa interinstitucionais, cada qual com suas expertises, tem a contribuir para o desenvolvimento de ações proativas nas diferentes áreas de conhecimento no Estado de Alagoas.

O professor da Ufal Ticiano Gomes reforçou a fala do reitor, e destacou que não há como realizar pesquisas dependendo somente dos recursos institucionais, e que as parcerias possibilitam que os trabalhos possam ser mais completos a partir do que cada instituição e grupo tem a oferecer para o desenvolvimento das ações em conjunto.