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Artigo de professor do Ifal é premiado no Congresso Brasileiro de Software

por Gabriela Rodrigues publicado: 06/11/2020 14h21, última modificação: 06/11/2020 14h30

O artigo intitulado “On the Use of Grey Literature: A Survey with the Brazilian Software Engineering Research Community", de autoria do professor dos cursos de Informática e Sistemas de Informação do Ifal Maceió Fernando Kenji Kamei, foi premiado entre os melhores artigos do Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software (SBES) 2020, evento realizado de forma virtual no Congresso Brasileiro de Software (CBSoft). O artigo foi premiado na trilha pesquisa, que publica sólidas contribuições para a comunidade em Engenharia de Software, com artigos revisados com base na sua originalidade, relevância, solidez técnica e clareza de apresentação.

A pesquisa premiada, fruto dos estudos do professor como aluno de doutorado no Centro de Informática (CIn) da UFPE, teve a orientação dos professores Sérgio Soares (CIn-UFPE) e Gustavo Pinto (UFPA), e a colaboração dos professores Igor Wiese (UTFPR) e Márcio Ribeiro (UFAL) e  faz parte da tese de doutorado em andamento de Fernando Kenji, que busca entender como os pesquisadores brasileiros de Engenharia de Software utilizam a chamada Grey Literature, ou” Literatura Cinza”, que representa uma pesquisa de literatura não revisada por pares, que busca fontes mais “informais”. Na Engenharia de Software,  pode ser, por exemplo, uma postagem em um blog, um vídeo, um Tweet, uma postagem em um fórum. “Este tipo de revisão de literatura é o contrário, por exemplo, da pesquisa revisada por pares, como as feitas em artigos científicos de eventos e periódicos”, explica o professor.

Em sua pesquisa, Fernando Kenji indica que a Grey Literature está sendo investigada em diversas áreas do conhecimento. E nos últimos anos, devido a grande disseminação do uso de canais de comunicação pelos engenheiros de software, pesquisadores vêm dando atenção aos dados produzidos nessas fontes. Contudo, seu uso na pesquisa ainda é controverso. O objetivo da pesquisa foi entender como os pesquisadores brasileiros de Engenharia de Software utilizam a Grey Literature e suas percepções para este uso.3a80551d-c2f9-42ba-944e-438da695c235.jpg

Para obter os dados necessários, uma pesquisa foi realizada com os participantes do CBSoft 2019. Foram obtidas 76 respostas. “Identificamos diversos motivos para usar a Grey Literature nas pesquisas, por exemplo, para entender problemas práticos, e para complementar dados de pesquisa, mas também, diversos desafios e razões para não usá-la, como a falta de confiabilidade e credibilidade. Diversos benefícios também foram encontrados, como o fácil acesso e leitura de uma fonte de grey, além de prover evidências práticas. Mas também, alguns desafios que merecem uma atenção da comunidade de pesquisa, novamente a falta de confiabilidade se destaca, além da falta de valor científico reconhecido”, destaca o pesquisador da área de Engenharia de Software.

O CBSOFT

O Congresso Brasileiro de Software: Teoria e Prática (CBSoft) é um evento realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) com o objetivo de promover e incentivar a troca de experiências entre pesquisadores e profissionais da indústria e academia sobre as mais recentes pesquisas, tendências e inovações práticas e teóricas sobre software. Realizado desde 2010 como evento agregador de simpósios brasileiros promovidos pela SBC na área de software, o CBSoft tornou-se um dos principais eventos da comunidade científica brasileira na área de Computação e neste ano aconteceu de modo virtual. O CBSoft é composto por diversos eventos, entre eles o 34º Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software (SBES).

RELEVÂNCIA

A premiação do artigo coloca o Ifal em destaque no Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software (SBES), principal evento de Engenharia de Software da América Latina, colocando o Instituto em evidência para pesquisas futuras em parcerias com outras universidades. “Esta pesquisa foi realizada com o envolvimento de pesquisadores de 5 instituições IFAL, UFPE, UFPA, UFAL e UTFPR, o que revela uma possibilidade de intercâmbio de conhecimentos”, destaca Fernando Kenji.

O artigo pode ser visualizado aqui