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Alunos do Ifal Maceió são medalhistas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Robótica
Competição teve fase virtual e passou por adaptações. Bom resultado pode levar alunos a graduações na Unicamp, Unesp ou Unifei
O Ifal teve o seu melhor desempenho geral entre os resultados nacionais na última edição da Olimpíada Brasileira de Robótica, a OBR 2020: Quatro alunos do Campus Maceió ocuparam as melhores colocações no pódium da OBR: Anderson Gabriel Falcão dos Santos, aluno do 3° de Informática para Internet e ex-monitor de física, obteve a medalha de ouro na competição e os alunos Leonam de Oliveira Silva (do 3º ano ano do curso técnico em Informática para Internet e ex-monitor de Matemática), Athaide Belo da Silva Santos (do 4° ano de Química e ex-monitor de Física) e Oswaldo Giácomo Neto (do 4° ano de Eletrônica e ex-monitor de Física) ocuparam a segunda posição no pódium nacional, conquistando a medalha de prata.
A OBR é divida em 2 fases: a primeira fase, de caráter eliminatório, ocorreu em dezembro do ano passado, sendo organizada pelo professor do Ifal Carlos Argolo, de maneira presencial no campus Maceió, seguindo todos os protocolos de saúde e segurança estabelecidos pela OMS. A primeira fase consta de 20 questões objetivas multidisciplinares, desde robótica computacional à história do brasil. Quatro dos alunos participantes realizaram a prova de 1ª fase esse ano e os 4 obtiveram nota suficiente para avançar para a próxima fase.
A segunda e última fase é a nacional, que ocorreu de maneira virtual em Janeiro deste ano, e envolve uma prova de 20 questões específicas e interdisciplinares com um grau de dificuldade bem maior do que a prova de 1° fase. As provas foram respondidas pelos alunos em suas casas, em computadores conectados ao ambiente virtual da competição, com tempo marcado e definido pela organização da olimpíada.
Anderson Gabriel Falcão dos Santos, medalhista de ouro da competição, cursa o terceiro ano de Informática, atuou como monitor de física no IFAL em 2019 e é medalhista de ouro nacional pelo segundo ano consecutivo (ele também conquistou o topo do pódium da OBR em 2019). "Eu estudei principalmente por livros em casa, e já venho participando de olimpíadas científicas desde o primeiro ano no IFAL", relata Anderson. O medalhista de ouro foi aprovado em 2020 no vestibular olímpico da Universidade de Campinas - UNICAMP para o curso de Ciências da Computação, utilizando a medalha de ouro que conquistou na OBR 2019.
Apesar das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, a disciplina e empenho dos alunos para competir não foram afetados. "Mesmo com todas as dificuldades e distrações dessa nova experiência de realizar olimpíadas em casa, conseguimos um excelente desempenho na OBR. Na minha experiência pessoal, foi bastante bacana participar da OBR esse ano e pude repetir o bom desempenho do ano passado, no qual havia conseguido ouro nacional. Estudei em casa durante esse período, não só para OBR, mas para diversas olimpíadas, para o Enem e vestibulares do país também, e gostaria de agradecer por todo apoio e ajuda dados pelos professores do Ifal: Carlos Argolo, Daniel Camerino e Giuliano Raposo , que desde o início da pandemia sempre prestaram todo o apoio e suporte para mim e foram cruciais para o meu bom desempenho", relata Leonam de Oliveira Silva, medalhista de prata da competição. "Neste ano também incentivei outros amigos a participarem também da OBR, como o Athaide e o Oswaldo, e foi muito gratificante vê-los premiados também. "Graças ao nosso bom desempenho na OBR estamos disputando o processo de seleção de alunos para as universidades: Unicamp, Unesp e Unifei, as quais disponibilizam vagas em seus cursos de graduação para alunos com mérito acadêmico em olimpíadas científicas do país. O resultado da seleção é no fim do mês", reforça o medalhista.
Também medalhista de prata na olimpíada, o aluno Athaide Belo da Silva Santos revela que a experiência como monitor de física no Ifal foi fundamental para o bom desempenho na competição. "Além de novas amizades, conheci várias olimpíadas e fui incentivado pelos meus amigos a participar delas. A olimpíada de robótica é um dos exemplos de olimpíadas que só conheci através da monitoria", revela o estudante. Athaide destaca que, durante a fase de preparação, os monitores que o ajudaram nos estudos á tinham participado da OBR e o auxiliaram bastante, especialmente o colega Leonam. "Basicamente estudamos tópicos mais abrangentes como matemática, física e inglês. Fizemos e comentamos algumas provas antigas, o que acho essencial para preparação de qualquer", relata, incentivando outros alunos a buscarem edições anteriores como preparação para as olimpíadas.
Oswaldo Giácomo Neto, também ex-monitor de física e aluno do 4° ano de Eletrônica do IFAL medalhista de, foi prata nacional na OBR. "Tive a oportunidade de fazer a OBR esse ano, graças a indicação e a recomendação de amigos que fizeram a prova anteriormente e gostei bastante da experiência. Fizemos a 1° fase de maneira presencial e a 2ª fase na plataforma online. Sempre mantive uma rotina de estudos em casa, estudando por livros de física e matemática e de maneira autodidata, além das aulas técnicas de eletrônica que me ajudarem bastante com as questões específicas sobre robótica", destaca.