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Acesso Livre: Ifal exibe documentário sobre deficiência e mobilidade em Maceió

publicado: 24/05/2018 14h17, última modificação: 25/05/2018 14h24

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) indicam que existem cerca de 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, o equivalente a 23,9% da população brasileira. Em Alagoas, o número de pessoas com deficiência é de 850 mil, o que corresponde a 28,3% da população total do Estado. Já em Maceió, pessoas com deficiência encontram problemas de diversas ordens, dentre elas está à mobilidade urbana. Para que haja participação efetiva da população com deficiência ou mobilidade reduzida, a legislação 10.098/2000 foi instituída para normatizar a acessibilidade a todos em espaços públicos e privados.

Foi baseando-se nesses dados, e tendo como objetivo identificar problemas sobre a mobilidade e indicar possíveis soluções que um grupo de alunos do Programa de Pós-Graduação em Sociedade Tecnologia e Políticas Públicas (SOTEPP), do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL), desenvolveram uma pesquisa que culminou na produção de um documentário: Acesso Livre: Deficiência e mobilidade em Maceió, que será lançado na próxima segunda-feira, 28/05, no Auditório Jorge Batista (Indústria), no Campus Maceió, a partir das 8 horas. Após a exibição do documentário, haverá debate entre participantes, com  com representantes da sociedade civil, do poder público e da comunidade acadêmica.

Acesso Livre: Deficiência e mobilidade em Maceió é um documentário que traz reflexões acerca da promoção de acessibilidade e do exercício da cidadania, direito, educação e políticas públicas desenvolvidas para pessoas com deficiência.

Segundo Guilherme Vasconcelos, um dos idealizadores do documentário e cadeirante, dentre as motivações para discutir a temática estava o mapeamento dos bairros de Maceió para dá a ver a realidade sobre a falta de acessibilidade e do não cumprimento da lei nº 10.098/2000.

O documentário se descortina na Avenida Antônio Gomes de Barros (antiga Amélia Rosa), no bairro da Jatiúca, em Maceió/AL. A avenida foi mapeada com objetivo de analisar a acessibilidade. Pois além de ser uma avenida com intenso fluxo de pessoas e um corredor de transporte, abriga ainda pontos comerciais, centros empresariais, consultórios médicos e uma associação de pessoas com deficiência. O evento é aberto à toda comunidade acadêmica do Ifal e à comunidade externa.

Para Benjamin Vanderlei, idealizador do documentário, o debate se justifica por ser de interesse coletivo e ainda ter caráter interdisciplinar, pois as questões relativas à acessibilidade dialogam e exigem uma compreensão com essa característica. Já a orientadora do projeto, professora Daniela Kabengele, reforça que esta iniciativa se justifica pelo cunho social e científico, havendo a necessidade de manter uma agenda de debates sobre a temática acessibilidade, mobilidade e autonomia das pessoas com deficiência, em Maceió.