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Ação extensionista Minha Comunidade promove educação ambiental no município de Atalaia

publicado: 14/07/2017 14h19, última modificação: 14/07/2017 14h38

*Com informações da DEPP/Campus Maceió

Um grupo multidisciplinar formado por estudantes de Licenciatura em Biologia, Tecnologia de Alimentos e do curso Técnico em Química, do Ifal Campus Maceió, apresentou na Fundação Amadeu Inácio, Organização Não Governamental do povoado de Ouricuri, no município de Atalaia – AL, os resultados da ação extensionista Minha Comunidade, que envolveu um conjunto de medidas para preservação e recuperação ambiental da região. As ações dos estudantes foram iniciadas em 2016 e o relatório de resultados apresentado em julho deste ano, para moradores do povoado Ouricuri, líderes comunitários e alunos de 8º e 9º anos da Escola Municipal João Cordeiro de Souza Júnior. A apresentação de resultados é uma ação de conscientização para a comunidade local sobre a importância de preservar a mata e os recursos hídricos da região.

O grupo, mobilizado pela DEPP/Campus Maceió, foi composto pelos alunos de Licenciatura em Biologia Mayara Cristina Cordeiro, Leonara Evangelista de Figueiroa, Paula Roberta Galvão Simplício); pela aluna de Tecnologia de Alimentos Jeniffer McLaine Duarte de Freitas) e pelos alunos do curso técnico em Química Lahis Martins de Oliveira e João Vitor Santos Terto. As alunas de Biologia foram responsáveis pela confecção de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), descrevendo, a partir de análises práticas feitas in loco, um conjunto de propostas capazes de estabelecer um novo equilíbrio dinâmico entre natureza e desenvolvimento sustentável no Povoado de Ouricuri, envolvendo ações educativas.

Já o grupo de estudantes dos cursos de Tecnologia de Alimentos e Técnico em Química realizou a verificação de condições pertinentes a qualidade da água do local, trabalho orientado pelos professores de Química Demetrius Pereira Morilla e Alan John Duarte de Freitas. A água utilizada pelos moradores do Ouricuri é captada em uma represa artificial, a partir do fluxo de águas das nascentes de rios na região. Essa água é tratada por uma mine estação e distribuída para as casas do povoado. Porém, há locais em que a água utilizada é de cacimbas, capturada “bruta” dos riachos ou da barragem, também utilizada para lazer e sem nenhum tipo de tratamento. A coleta e análise da água foi realizada ao longo do ano de 2016, e o relatório com os resultados da análise apresentado em julho deste ano.

CONCLUSÕES

Ao apresentar os resultados da ação extensionista para a comunidade, o grupo alertou para a questão do desmatamento às margens do riacho, que ocorre em função do plantio e da criação de animais para abate e trabalho. Os alunos recomendaram o reflorestamento de mudas de plantas nativas para replantio às margens do riacho e a possibilidade de um plantio de manejo sustentável para preservar a vegetação.

Do ponto de vista químico, a pesquisa concluiu que as águas de cacimba tinham um alto teor de sais dissolvidos, sendo, portanto, impróprias para consumo.

Quanto aos parâmetros físico-químicos, tirando a turbidez e cor das águas, as análises do grupo concluíram que as características das águas utilizadas pela comunidade estão dentro dos limites estabelecidos pela legislação pertinente ao tema (Portaria MS 2.914/2011). Já a análise microbiológica, somente as amostragens feitas com águas coletadas à beira do riacho indicaram a presença de bactérias E. coli (que causa gastroenterites), devido a carga de fezes de animais, sendo, portanto, impróprias para consumo.