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2018: Ifal oferta Licenciatura em Física e prioriza vivência prática dos alunos

Curso tem corpo docente robusto e oferece práticas científicas já no primeiro período

publicado: 21/12/2017 12h20, última modificação: 21/12/2017 13h09
Exibir carrossel de imagens Docentes da Comissão responsável pela criação do curso de Licenciatura em Física.

Docentes da Comissão responsável pela criação do curso de Licenciatura em Física.

 O Ifal Campus Maceió inicia o ano de 2018 com uma novidade que vai impulsionar o sonho de muitos jovens que sonham em se aventurar no mundo científico como professores e pesquisadores na área de Física: é a oferta do curso superior de Licenciatura em Física, aprovado pela Deliberação nº 166 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE e com oferta de 40 vagas já para Março de 2018, no início do semestre letivo. O curso será presencial, ofertado integralmente nas salas de aula e laboratórios do Campus Maceió, no turno vespertino, com carga horária total de 3.350 horas e oito períodos.

O professor Marcos Abreu, presidente da comissão responsável pelo projeto pedagógico da Licenciatura em Física, destaca que a oferta do curso pelo Ifal passa a ser uma conquista e ao mesmo tempo uma inovação que vem suprir uma carência antiga do Instituto. “Há uma demanda por professores de Física no Brasil e especialmente em Alagoas, Estado em que somente há  a oferta em Maceió e em Arapiraca pela Universidade Federal de Alagoas. Além disso, a maioria dos Institutos Federais do Nordeste oferecem a licenciatura em Física, e na nossa instituição temos uma demanda antiga que precisava ser atendida”, destaca o professor.

Há cerca de sete anos, uma comissão do Instituto chegou a montar o projeto para o curso, mas o campus não oferecia condições estruturais, nem de pessoal, para que o curso de fato funcionasse. Passado o tempo, os laboratórios foram estruturados com equipamentos modernos e corpo docente aprimorado com a presença de professores mestres e doutores.

VIVÊNCIAS PRÁTICAS

O professor Alex Costa, coordenador do curso de Licenciatura em Física, destaca que o projeto do curso é inovador, diferenciado, pois traz disciplinas práticas do primeiro ao último período do curso, proporcionando aos alunos “viver a ciência”. “Neste curso o aluno não se restringe a sala de aula. Temos no plano do curso o projeto Mão na Massa que possibilita aos alunos vivências em outras escolas com aulas práticas e troca de experiências, pois os resultados aprendidos voltam para a licenciatura, com as experiências de docência”, destaca o professor.

O curso de Licenciatura em Física traz disciplinas de “encher os olhos” dos futuros cientistas: Astronomia, Saberes e Práticas do Ensino de Física, Construção de Experimentos, Introdução à Eletrônica, Elementos de Biologia/Ciências da Natureza são algumas das disciplinas que levam os estudantes a aprender, vendo e vivendo a ciência em um ambiente que lhes é favorável, como destaca a comissão responsável pela elaboração do projeto.

“O aluno estuda no ambiente que lhe é familiar e que favorece a troca de experiências. Ele aprende no ambiente que será o seu futuro cenário de trabalho; nas salas de aula e laboratório da escola. É como o estudante de Medicina que tem vivências em um hospital. O contato desde a graduação com o ambiente que será seu local de trabalho torna a formação mais completa e o aluno mais familiarizado com as vivências da profissão”, analisa o professor.

O Instituto vai oferecer uma oferta por ano, com nove disciplinas já no primeiro período e experiências práticas nos laboratórios de Ótica, Mecânica, Eletromagnetismo e Física Computacional, no Campus Maceió.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

O professor Frederico Passos, que também pertence ao corpo docente e à comissão que instituiu o curso de Licenciatura em Física no Ifal, destaca o Instituto Federal como um ambiente muito enriquecedor para as práticas docentes, justamente por contemplar ensino médico, técnico, licenciaturas e bacharelados numa mesma instituição. “No Instituto Federal encontramos um ambiente em que docentes da Educação Básica vivem o ensino médio e a licenciatura, tendo contato com diferentes perfis de alunos. É um diferencial de vivências em relação às universidades, pois enriquece a visão e aperfeiçoa tanto o aluno quanto o professor”, destaca.

Outro ponto importante da experiência docente no novo curso ofertado pelo Ifal é a formação e qualificação dos professores que compõem um time de peso da Licenciatura em Física: dos 30 professores efetivos do quadro docente do curso, 17 são doutores e 13 são mestres.

Os bacharéis e licenciados em física tornam a formação dos estudantes mais “robusta” devido ao contato rotineiro com a ciência. “sabemos que a qualificação e o profissionalismo nessas áreas influenciam na formação tecnológica do país. Existem muitos professores que não sabem explicar o ‘porquê’ de algumas coisas, mas sabem fazer o ‘pra quê’.   Usualmente, há naturalmente uma fragilidade na formação do professor que reflete na formação do aluno. As vezes são pessoas de outras áreas afins ou pessoas que estão se formando. Então focar na qualidade do corpo docente e focar  diretamente na qualidade do curso e da formação dos egressos”, ressalta o professor Frederico Passos.

INCENTIVO À PESQUISA

Existem em atividade grupos de pesquisa em Física do Ifal registrados no CNPq, sendo o Grupo de Física Computacional Aplicada – GFCA, o que mais desperta o interesse de docentes da área de Física de Maceió e de outros campi. Grupos de pesquisa na área de física de materiais também estarão abertos para a participação de docentes e de alunos que venham a desenvolver pesquisa ao longo do curso de Licenciatura.

INGRESSO

A oferta de 40 vagas para  Licenciatura em Física é anual e o ingresso se dá por meio do Sistema de Seleção Unificada – SISU/Enem. Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo projeto pedagógico, disponível aqui.