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Em parceria com cooperativa, Ifal Batalha desenvolve projeto de fortalecimento da bacia leiteira alagoana

Iniciativa atende cinco municípios sertanejos e é financiada pelo Banco do Nordeste

por Roberta Rocha publicado: 02/07/2021 18h03, última modificação: 02/07/2021 18h29

Um projeto executado pelo Instituto Federal de Alagoas - Ifal Campus Batalha tem fortalecido a agricultura familiar na bacia leiteira alagoana, por meio da implantação de unidades demonstrativas de bancos de forragens em comunidades rurais dos municípios sertanejos de Batalha, Jacaré dos Homens, Belo Monte, Major Isidoro e Monteirópolis. Os bancos de forragens em questão servem para reforçar a nutrição do gado leiteiro, pois as forrageiras são espécies de plantas utilizadas na alimentação animal e cultivadas nas pastagens com essa finalidade.

A iniciativa do Campus Batalha, desenvolvida em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite familiar da Bacia Leiteira de Alagoas - Coopaz e financiada pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Inovação - Fundeci do Banco do Nordeste, já beneficiou três propriedades de pequenos produtores do Sertão de Alagoas com a instalação de um banco de plantas forrageiras em cada uma delas.

"Entramos como executores do projeto, nós colocamos ele em campo. Fomos procurados pela Coopaz, já tínhamos algumas parcerias com eles e terminamos por inscrever [no edital da Fundeci] esse projeto e ele foi aprovado", destaca o docente do Ifal Batalha e coordenador da proposta, Magno Abreu    .  

Até o final deste mês de julho, está prevista a implantação de outras três unidades demonstrativas nas zonas atendidas pelo projeto, sendo uma delas em uma comunidade quilombola. A área destinada para a plantação, em cada unidade, é de um hectare de terra e as espécies cultivadas são nativas da Caatinga: palma forrageira, leucena, moringa e gliricídia.

Plantio de forrageiras começou no último mês de ano

"Estamos atendendo principalmente pequenos produtores rurais ligados à Coopaz. As áreas são de cooperados e escolhidas dentro do raio de 30km da sede, que é Batalha. Escolhemos pequenos produtores familiares que têm aptidão para novas tecnologias. A maioria tem entre quatro ou cinco animais, que é o número que um hectare dessas plantas forrageiras pode alimentar durante um ano. Estamos formando banco de proteínas para o rebanho", explica Magno. 

Além da implantação das unidades demonstrativas, o projeto prevê a capacitação de dezenas de agricultores familiares  no sistema chamado ILPF - Integração Lavoura Pecuária e Floresta, bem como o treinamento de lideranças comunitárias acerca das estratégias para reduzir custos e aumentar a produtividade na bovinocultura do leite. Essas e outras atividades de transferência de tecnologias voltadas ao manejo e cultivo adequados dos bancos de forragens aguardam a melhoria no cenário da pandemia do coronavírus para serem iniciadas. 

"O projeto começou em março de 2020, mas aí tivemos um atraso em decorrência da pandemia. A duração será de 2 anos e pode ser prorrogado, devido às intercorrências. Este ano, começamos devagarzinho, escalonando ações, escalonando visitas. Os estudantes vão duas vezes por semana. Temos um técnico que acompanha diariamente e eu coordeno as ações. Faço visitas quinzenais aos agricultores. Estamos trabalhando muito para aproveitar esse período de inverno para que ocorra a implantação. A ideia é que, passando a pandemia, a gente tenha dias de campo para capacitar os agricultores familiares da região", esclarece o coordenador. 

Com estudantes do curso de Agroindústria do Ifal Batalha como bolsistas do projeto e um técnico em Agroindústria, que é ex-aluno do campus, contratado para executar as atividades, a expectativa do grupo é melhorar a eficiência econômica e produtiva do rebanho leiteiro de agricultores familiares da bacia leiteira alagoana não só com o cultivo e a utilização de plantas nativas com reconhecimento valor nutricional para bovinos, mas também pela disseminação de conhecimento na região sobre tecnologias sustentáveis para alimentação animal.

"É um projeto que a gente vê um elo entre uma cooperativa de agricultores e produtores de leite, um banco que financia e uma instituição de ensino que faz extensão e pesquisa, com um campus que é bastante proativo no quesito de extensão rural e de inovação tecnológica", resume Magno Abreu.