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Estudantes do Ifal Batalha realizam Mini COP30 e lançam Carta da Juventude Sertanejo-Alagoana pela Caatinga

Evento reuniu duas disciplinas: Filosofia e Bioética e Biossegurança
publicado: 03/09/2025 08h43, última modificação: 03/09/2025 10h24

O Campus Batalha, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), realizou, entre 18 de agosto e 2 de setembro de 2025, a Mini COP30, um projeto de ensino inovador que simulou, em sala de aula, a Conferência das Partes (COP) da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas. A atividade integrou as disciplinas de Bioética e Biossegurança e Filosofia e reuniu estudantes do 1º Ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Biotecnologia.

Atividade doi inspirada na COP 30, a ser realizada  em novembro deste ano, na cidade de Belém, Pará.jpeg

Com o tema “Caatinga Viva: Bioética, Ciência e Justiça Climática no Sertão Alagoano”, a iniciativa promoveu debates, negociações e a produção coletiva da Carta da Juventude Sertanejo-Alagoana pela Caatinga, documento que expressa diagnósticos, propostas e compromissos da juventude local diante da crise climática.

Segundo o professor Cosme Rogério Ferreira, coordenador do projeto, a simulação pedagógica da COP foi adaptada à realidade do semiárido e ao bioma caatinga, fortalecendo o protagonismo estudantil e a reflexão crítica sobre os desafios ambientais.  “A Mini COP30 mostrou que os jovens do sertão reconhecem sua responsabilidade histórica e cultural em defender a Caatinga, associando ciência, ética e justiça social”, afirmou o docente.

Diagnóstico e propostas Documento doi realizado pelos alunos do 1º Ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Biotecnologia.jpeg

Na Carta, os estudantes destacam problemas como desertificação, escassez de água, perda de biodiversidade e ausência de políticas públicas eficazes, apontando também a necessidade de maior conscientização ambiental.

Entre as propostas, estão o combate ao desmatamento e à desertificação; o reflorestamento com espécies nativas; a gestão sustentável da água, com incentivo à construção de cisternas e à agroecologia; a educação ambiental permanente nas escolas e comunidades; a fiscalização rigorosa contra crimes ambientais e a valorização dos saberes de povos tradicionais, quilombolas e indígenas.

Compromisso da juventude

No evento, os jovens sertanejos também assumiram compromissos pessoais e coletivos em defesa da Caatinga, como praticar consumo consciente, reduzir o desperdício, reciclar, moderar o uso da água e engajar-se em campanhas comunitárias. “Cada gesto, por menor que seja, pode somar na construção de um futuro sustentável”, diz um trecho da Carta.Estudantes do curso de Biotecnologia dialogam propostas para Mini COP 30.jpeg

O documento ainda convoca governantes, cientistas, educadores, movimentos sociais e comunidades a unirem esforços em defesa da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e ameaçado pela desertificação. “Proteger a Caatinga é proteger a própria vida”, afirmam os estudantes.

Para Cosme Rogério, a Mini COP30 consolidou-se como uma experiência pedagógica de impacto, articulando ciência, ética e cidadania. “A atividade foi registrada em fotos e vídeos, com plenária final, leitura pública e assinatura coletiva da Carta”, detalha o docente.

Acesse a carta aqui!