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Em Batalha, Neabi promove semana de atividades alusiva ao dia da Consciência Negra
O evento faz parte do Novembro Negro
Míriam Félix, estagiária de Jornalismo
No último sábado (19) e na segunda-feira (21) ocorreu no Campus Batalha do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) a 4ª Semana Afro-Sertão para comemorar a passagem do Dia da Consciência Negra, o evento faz parte do Novembro Negro. Na ocasião também foi comemorado o Abril Indígena, com a participação de alunos e professores em palestras sobre história e cultura negra, além de educação antirracista.
A semana foi promovida e organizada pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus, que é formado por professores, alunos e membros da comunidade (entre eles membros da comunidade quilombola de Batalha Cajá dos Negros) e teve caráter interdisciplinar, contando inclusive com a presença do professor Lourenço Manuel Cardoso, da Guiné Bissau, com a oferta da oficina sobre Práticas alimentares da Guiné-Bissau.
Na programação também foram ofertadas oficinas ministradas por alunas componentes do Núcleo, como Yasmin Belo que abordou a trança afro, e Maria Eduarda, indígena da etnia kariri xocó, de Porto Calvo, que apresentou oficina sobre ecobags. Outras atividades abordaram o coco de roda (Cosme Rogério), capoeira (Tarcísio Aleixo), boneca Abayomi (Talita dos Santos), Literatura e criticidade (Hellen Cavalcante e Jeferson Augusto) e turbantes (Camila Avelino).
Coordenador do Neabi, o professor Eliaquim Teixeira fez um apanhado sobre a relevância da semana para a comunidade. “É um evento que cria focos de resistência, que serve para gerar empoderamento, serve para problematizar diversas questões, de se pensar qual o impacto social das temáticas abordadas no Afro-Sertão, como elas se originam e para onde elas se dirigem. O evento trouxe um ambiente de reflexão importante e que nem sempre nós vivenciamos.” explicou Eliaquim.
Para o professor Cosme Rogério Ferreira, um dos organizadores da semana, eventos como esse tem grande importância para a comunidade: “O Afro-Sertão é um evento já consolidado em nosso Campus, e a cada ano traz discussões que dizem respeito a toda a comunidade acadêmica, enfatizando a contribuição do povo negro à sociedade brasileira, em geral, como também particularmente em nosso locus de ensino, pesquisa e extensão, em nosso espaço de vivência educacional”, pontuou.
“O evento vai continuar existindo para formar não só estudantes mas também professores, precisamos ter essa formação mais ampla. É uma semente plantada, é uma provocação que fica ecoando, até onde ecoa é difícil saber”, acrescentou Eliaquim Teixeira.