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Ifal marca presença no Encontro Nacional de Empresas Juniores; conheça os empreendimentos!
Por Lais Marques, estagiária de Jornalismo*
Representantes de cinco Empresas Juniores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) participaram do maior evento de empreendedorismo universitário do país, o Encontro Nacional de Empresas Juniores (Enej), que ocorreu em Florianópolis, Santa Catarina, do final de agosto até o início deste mês. Mais de quatro mil jovens de todo o Brasil participaram das atividades, compartilharam experiências e discutiram novos caminhos para a atuação estudantil no mercado de trabalho.
Na 31ª edição, o encontro abordou o tema “Grandeza de uma Geração” e destacou a importância do empreendedorismo e da inovação como um impulsor da economia e das transformações sociais. Participaram das palestras, networking e dos debates representantes das Empresas Juniores Sigma Engenharia Jr, empresa de consultoria empresarial e projetos de Engenharia Civil; Empro Jr, que atua com projetos de Engenharia Civil e design de interiores; Sertão Tec, que presta consultoria agronômica; Empresa Júnior Ifal Alimentos, a Ejifa, que atua com consultoria e análises voltadas para o ramo alimentício; e Voltech - Engenharia e Consultoria Júnior, que executa projetos elétricos e fotovoltaicos. “O Ifal não só forma os alunos para o mercado de trabalho, mas também forma a mente empreendedora. Os alunos conseguem fazer contatos, conhecem outras empresas. Ir para esses eventos mostra que o Ifal também faz parte desse meio”, ressaltou o mentor de Empresa Júnior do Ifal, Dickinson Cavalcante.
"Quando um aluno entra para uma Empresa Júnior, ele tem a oportunidade de imergir no mundo dos negócios e desenvolver essas habilidades antes mesmo de abrir a sua primeira empresa", explica Dickinson Cavalcante.
E essa experiência fez diferença para a diretora-presidente da Empro Jr, do Campus Maceió, Juliana Pinto. “Me abriu os olhos para uma nova forma de gerir. O contato com outras pessoas e saber como eles fazem, me agregou muito. Além dos palestrantes, que trouxeram ferramentas muito boas”, relatou. Outra questão que ela pontuou foi o retorno das atividades após o evento. “A união com a empresa é outra! Engaja mais o time e todos acabam tendo a mesma visão, o que ajuda a colocar em prática tudo o que foi visto”.
Para Thayrone Garcia, diretor de Projetos da Sigma, e Igor Lacerda, diretor-presidente da Sertão Tec, os conhecimentos adquiridos e o contato com empresas diferentes foram grandes resultados do evento. “Esses eventos servem muito para expandir não apenas contatos, mas também expandir conhecimentos. Você acaba adquirindo conhecimentos um pouquinho de cada área por conta das conversas e das palestras que participa”, destacou Thayrone.
Empresas Juniores (EJs) do Ifal
Atualmente, o Ifal possui seis Empresas Juniores ativas em quatro campi: Empro Jr, do curso de Engenharia Civil e Design de Interiores, e Ejifa, do curso de Engenharia de Alimentos, no Campus Maceió; Sertão Tec, do Curso de Agronomia, no Campus Piranhas; Voltech, de Engenharia Elétrica e Sigma da graduação de Engenharia Civil, ambas no Campus Palmeira dos Índios; e Starti - Projetos e Consultoria, da graduação de Sistemas de Informação, do Campus Arapiraca, a primeira empresa júnior de tecnologia em Alagoas.
A Sigma tem mais tempo de experiência, já são oito anos atuando no mercado. Mas, todas as EJs dispõem de setores bem definidos e organizados, que permitem uma divisão de tarefas que englobam todos os participantes, assim como empresas estabelecidas no mercado. Ou seja, vai desde o setor da presidência, até o setor de projetos, vendas, finanças e marketing. Tudo isso dentro da perspectiva do curso de graduação dos estudantes.
Além da formação de uma mentalidade empreendedora dos estudantes, Dickinson ressalta que “outro benefício é o desenvolvimento de habilidades que o curso teoricamente não vai ter, como marketing, venda, gestão de finanças e oratória, que eles irão aprender na prática, sendo empresários juniores”. O que é confirmado pelos integrantes das empresas, que acreditam que a atuação na EJ viabiliza a aprendizagem na prática, por meio de um contato direto com o mercado de trabalho e uma vivência empresarial antes mesmo de sair do curso. “Participando de uma EJ você vai poder praticar aquilo que está aprendendo dentro de sala de aula. Vai ter uma experiência, uma carga maior para quando você for para o mercado ou quando quiser abrir seu negócio”, afirma Igor, da Sertão Tec.
Investimentos
Visando estimular e fortalecer o crescimento das Empresas Juniores, Dickinson Cavalcante conta que o Ifal tem investido em consultorias que possibilitam a experiência real de uma empresa inserida no mercado de trabalho, além de disponibilizar bolsas para alguns dos estudantes, a fim de que eles se dediquem por completo às atividades do projeto. Para o mentor de Empresa Júnior, esses investimentos têm se mostrado eficazes, já que o número de evasão dos alunos que participam de EJs são mínimos e, após a graduação, eles já saem encaminhados para o mercado de trabalho.
Atualmente, duas Empresas Juniores estão em formação no Ifal: a Eureka, do curso de Análise de Sistemas do Campus Maceió, e a Maená, de Engenharia Ambiental do Campus Marechal Deodoro. A longo prazo, o objetivo é que mais campi estimulem a criação das empresas, fazendo com que não só os alunos tenham interesse como também os professores, que atuam como consultores técnicos dentro da organização.
“Praticamente todo mundo tem um sonho de ter um negócio próprio, mas esse sonho muitas vezes se torna um pesadelo porque para manter uma empresa viva no Brasil, não basta apenas prestar um bom serviço, é necessário entender de marketing, vendas, finanças, pessoas, estratégias e uma série de fatores que só são desenvolvidos na prática. Quando um aluno entra para uma Empresa Júnior, ele tem a oportunidade de imergir no mundo dos negócios e desenvolver essas habilidades antes mesmo de abrir a sua primeira empresa, é uma grande vantagem para esses jovens que, com experiência empreendedora, serão futuros geradores de emprego no país”, finaliza o mentor.
*Sob a supervisão de Elaine Rodrigues, jornalista.