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Bons resultados de alunos do Ifal em olimpíadas científicas levam nome da instituição a eventos nacionais

Em menos de um mês, IF alagoano marca participação em Jornada Espacial e Olimpíada Brasileira de Satélites

por Jhonathan Pino publicado: 30/11/2022 13h38, última modificação: 01/12/2022 22h55

Não é de hoje que alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) são reconhecidos em olimpíadas de conhecimento. Neste mês de novembro, dois deles participaram da XVIII Jornada Espacial, realizada entre os dias 13 e 19, em São José dos Campos, São Paulo. José Fausto Vital Barbosa, do Campus Palmeira dos Índios, e Welbert da Silva Freitas Filho, da unidade de Maceió, foram convidados para o evento, após excelentes resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).Welbert da Silva Freitas em frente a uma réplica de foguete em São José dos Campos.jpeg

A convocação para a Jornada é uma oportunidade dada apenas aqueles que conseguiram notas muito boas na olimpíada. “Essa prova é composta por 10 questões, sendo três de Astronáutica e sete de Astronomia. A comissão da OBA analisa, primeiro, as maiores notas de Astronáutica. Havendo empate, analisam as maiores notas na prova, como um todo. Por fim, o critério de desempate é a maior idade. Esse ano, eu tive a felicidade de acertar todas as 10 questões da olimpíada, o que me levou a ser um dos 66 alunos que participaram da XVIII Jornada Espacial” detalha José Fausto, que é aluno do 4º ano do Curso Técnico em Informática.

Durante o evento, os dois visitaram o Laboratório de Integração e Testes, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Museu Interativo de Ciências (MIC), o Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Também participaram de palestras sobre lançamentos de foguetes, satélites, Amazônia 4.0, direito Espacial, James Webb, história Espacial brasileira e sobre o ITA e tiveram oficinas sobre Sistema Solar, construção de foguetes e base de lançamentos de foguetes de garrafa pet.

Eu fiquei com muita vontade de ir, porque eu sabia que lá estariam outros jovens estudantes, que têm interesses parecidos com o meu e de aprender coisas que eu também quero aprender. A gente gosta bastante dessa área espacial, astronáutica e foi bem interessante, porque tivemos palestras com ex-alunos do ITA e de outras grandes instituições, que hoje são responsáveis por várias empresas”, relatou Welbert, que é estudante do curso técnico de Química e desde 2020, quando participou pela primeira vez da competição, já recebeu três ouros. 
Welbert da Silva Freitas esteve acompanhado do professor do Campus Maceió, e Ederson Matsumoto .jpeg

Mas Fausto e Welbert não estavam a sós, em São José dos Campos. Como ao longo de sua trajetória de preparação, eles estavam acompanhados de docentes do Ifal. Nesta oportunidade, os professores Rodrigo Raposo da Silva e Ederson Monteiro Matsumoto, que atuam respectivamente nos campi Palmeira e Maceió. compartilharam os momentos de troca de experiências e conhecimentos.

Matsumoto vem trabalhando há algum tempo não só na preparação dos alunos, mas buscando formas de divulgação de eventos como a OBA, a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), a Olimpíada Internacional de Astronomia, a Competição Internacional de Astronomia, a Jornada Espacial e a Jornada de Foguetes. Já Rodrigo Raposo estreou esse ano na preparação específica para a Olimpíada de Astronomia. Para ele, tudo se inicia com o interesse específico dos alunos em fazer a prova.O professor Rodrigo Raposo acompanhou José Fausto Vital em visitas promovidas pela Jornada Espacial.jpeg

O que eu faço é tentar entusiasmar os alunos para fazer a prova e mostrar as oportunidades que eles vão ter, caso participem delas. Por exemplo, para a OBA do ano que vem já fizemos uma palestra, mostramos quadro de medalhas e apresentei alguns bolsistas de olimpíadas científicas. Neste ano, tivemos cinco medalhas na OBA e seis na MOBFOG [Mostra Brasileira de Foguetes]. Foi uma pena não conseguir participar da Jornada de Foguetes, o trabalho agora é incentivar para que os alunos que foram premiados este ano façam a OBA o ano que vem também”, disse o professor de Palmeira.

Equipe do Ifal disputa etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Satélites

Também foi do Campus Palmeira que saiu a equipe campeã Norte-Nordeste da 1º Olimpíada Brasileira de Satélites, em setembro passado, em evento realizado em Natal, no Rio Grande do Norte. Agora em novembro, a professora Andressa Maria da Silva Nunes e os quatro alunos do curso de Engenharia Elétrica, que formam a equipe SpaceIF, ficaram informados de que no próximo dia 13 de dezembro participarão de um lançamento suborbital de foguete, como prova da etapa nacional da competição.Equipe SpaceIF conquistou etapa Norte-Nordeste da Olimpíada Brasileira de Satélites.jpeg

Arthur Pereira da Costa, Ely Lima Siqueira, Fernando Henrique Barros de Souza e Jennifer Kelly Fernandes ainda estão buscando viabilizar a sua participação nesta etapa. Nas primeiras atividades da competição, de lançamento em balão, o material utilizado era o PLA, que é disponibilizado no campus, através das impressoras do Espaço 4.0. Agora é necessário o alumínio espacial, que é uma liga pura do alumínio 7050, material utilizado na construção de aviões e foguetes e de difícil acesso.

Jennifer reforça essa fase demanda não só de mais conhecimentos na área, como também recursos materiais ainda não conseguidos.

A equipe trabalhava com um satélite com transmissão via Wi-Fi, entretanto, agora temos que mudar o projeto para uma transmissão via rádio com uma frequência exclusiva. Com isso, será realizado um lançamento suborbital através de um foguete. Atualmente estamos buscando recursos para isso, visto que por ser um lançamento através de foguetes, o material do satélite é totalmente diferente. O foco do satélite é a captação de dados atmosféricos, então, no momento, estamos regulando os sensores e modificando a transmissão”, detalhou Jennifer.

Independentemente das dificuldades e da olimpíada, uma coisa em comum em todos esses estudantes é a vontade em superar seus próprios limites. “Uma mensagem que eu gostaria de passar para alunos que desejam participar desse tipo de evento é: vai ser bastante cansativo, lembre-se disso, mas valerá a pena. E não se esqueça de fazer conexões, o networking é a melhor parte da viagem", incentiva Fausto.

José Fausto também pôde visita e conversar com profissionais formados no ITA.jpeg