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Equipe do Ifal Palmeira conquista 1º lugar na Olímpiada Brasileira de Satélites

Alunos estudam fenômenos atmosféricos para evitar desastres naturais

publicado: 21/06/2021 16h50, última modificação: 21/06/2021 16h56

Por Camilla Bibiano - estagiária de jornalismo

O Campus Palmeira dos Índios teve uma conquista inédita na 1º Olímpiada Brasileira de Satélites MCTI, com o primeiro lugar na modalidade N3 do estado de Alagoas. O projeto de um CubeSat, desenvolvido por alunos do curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica do Ifal, garantiu recursos para a criação de um satélite inteiramente alagoano.

Os alunos Arthur Pereira da Costa, Ely Lima Siqueira, Fernando Henrique Barros de Souza e Jennifer Kelly Fernandes Torres, com auxílio dos professores Rodrigo Raposo e Marcio Bino, foram os responsáveis pelo desenvolvimento do artefato que foi apresentado na Olímpiada. Com a conquista, eles receberam um kit de CubeSat e irão desenvolver o satélite de acordo com o cronograma do programa.

Apesar de não ter uma data definida para o lançamento, a estudante Jennifer Kelly Fernandes Torres se disse animada em colocar a mão na massa e começar a montagem. Ela explicou que o projeto do satélite está pronto, mas que outras partes como a programação do objeto serão feitos nas próximas fases.

Ao todo são quatro fases do programa. O projeto visa tratar a estrutura, os dados preliminares, as especificações técnicas e os subsistemas embarcados do projeto de um CubeSat para a análise de parâmetros atmosféricos. Além disso, o objetivo é coletar dados meteorológicos, atmosféricos e de emissão de gás carbônico, de modo a melhorar a capacidade de previsão de eventos climáticos e potencializar a obtenção de parâmetros confiáveis a curto prazo e, assim, reduzir os impactos sociais gerados pela ocorrência de eventos extremos.

Jennifer explica que a olimpíada busca resolver problemas dos quais passam despercebidos por déficits. “Notamos a falta de dados climáticos e meteorológicos em Alagoas, e procuramos uma forma de ajudar nisso através de um satélite. Buscamos complementar os dados, para ter uma base suficiente para prevenções de futuros desastres”, esclarece.

A equipe já tem em seu currículo outras conquistas, como duas medalhas de ouro na mostra de foguetes do campus, mas a programação de um satélite foi além da expectativa dos alunos. “Creio que seja uma nova conquista não só para o campus e sim ao estado, do modo que atuaremos nas pesquisas climáticas de modo geral. De certo modo, buscamos servir de inspiração a todos os estudantes, provando que o estudo nunca é demais”, conta Jennifer.

O documento visa apresentar um modo confiável de obtenção de dados atmosféricos através sensoriamento remoto, que é um ponto crucial para a previsibilidade de fenômenos meteorológicos. Com a ajuda dos professores, os alunos puderam verificar a bacia do São Francisco, tendo dados de suas cheias e secas, uma base do quanto dura o período de seca e atuando na prevenção de queda de barragens e alagamentos.

Por fim, a estudante ressalta que a conquista só pode ser realizada por meio de muito estudo e que o uso de ferramentas obtidas por meio do curso, como a programação, serve para ajudar a salvar vidas. “Tudo na pesquisa vem com inovações. Vejo que podemos causar isso, assim como fomos a primeira equipe de Alagoas, podem ter bem mais nos próximos anos. O futuro depende dos jovens, e nós estamos mostrando que isso é possível”, finaliza.