Docentes da Ufal na área de Elétrica palestram no campus Palmeira

Eficiência energética, atualização da resolução 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da implantação de uma miniusina solar fotovoltaica na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Esses foram alguns dos aspectos tratados durante esta quinta, 26, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Palmeira dos Índios. A convite do professor Gregory Almeida, os docentes da Ufal, Wellinsílvio dos Santos e Márcio André Araújo estiveram no campus para debater os temas.

A pesquisa referente a ciências energéticas e minigeração desenvolvida por Márcio chamou a atenção dos alunos, já que se trata de um projeto aprovado em edital prioritário da Aneel e conta com a participação de professores e alunos de outros cursos da Universidade, como: Engenharias Civil, da Computação e Renováveis. O intuito do trabalho é trazer ações de eficiência energética que visam diminuir o consumo de energia da Ufal.

“Além disso, é objetivo propagar essa cultura de hábitos que levam a um consumo menor, já que o fator humano é algo importante no que diz respeito ao assunto. O projeto também contempla a implantação de uma miniusina solar no campus A.C. Simões na Ufal, que ao absorver a energia da radiação solar, levará à economia de energia”, diz Márcio.

O projeto de pesquisa da miniusina está orçado em R$ 1,16 milhão e conta com a participação de uma equipe sob a liderança do professor Márcio. Considerando os 20 anos de vida útil dos 578 painéis solares fotovoltaicos, que serão implantados, a economia em duas décadas pode chegar a R$ 2 milhões.

O docente explica que outras ações serão desenvolvidas em paralelo tendo também este intuito. “Vamos substituir todas as lâmpadas da biblioteca central, que são boa parte fluorescente, por lâmpadas de LED e promover palestras como as de hoje para disseminar essa cultura da eficiência energética”, detalha.

Atualização da resolução 482/2012, prejudicial?

Quem comandou a segunda parte da manhã foi o professor da Ufal, Wellinsílvio. Em sua fala, ele tratou dos impactos da proposta de atualização da resolução 482/2012 da Aneel na viabilidade econômica de projetos de geração distribuída. Wellinsílvio explica que desde 2012, os consumidores residenciais de baixa tensão, além dos de alta tensão (comercial, industrial) podem comprar painéis fotovoltaicos, instalar geradores eólicos ou outra forma de energia renovável em sua própria instalação e fazer uma compensação desses créditos gerados ao longo do mês.

Está prevista para este ano, após audiências públicas, uma atualização deste documento, o que para Wellinsílvio é prejudicial ao consumidor. “Pelas leis atualmente vigentes, cada kWh gerado será compensado em outro momento. Se por exemplo, durante o dia o sistema gerar mais do que consumir são criados créditos. Assim, durante a noite ou nos meses subsequentes, eu poderia descontar esse crédito gerado”, explica.

Essa nova atualização prevê que haja gradativamente uma redução dessa proporcionalidade de 100% para 62%, até que fique em 35%. “Isso causa um problema de viabilização do projeto. Em torno de quatro ou cinco anos, tem-se o pagamento do investimento do sistema fotovoltaico, que chega a R$ 15 mil em uma residência, então se eu diminuo essa proporção de rentabilidade, esse retorno será mais prolongado”, conclui o docente.

Perfil/ações do engenheiro eletricista na CHESF

Nesta sexta, 28, o engenheiro eletricista, Eduardo Feles, fará um bate-papo, através de videoconferência, com os alunos. Trabalhando na CHESF desde 2008, Eduardo trará para o público o perfil/ações do engenheiro eletricista na CHESF em estudos pré-operacionais e análises de ocorrências do sistema elétrico. O encontro está marcado para ocorrer na sala 40, a partir das 13h.