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Metologias ativas e inclusão: projeto do Ifal Maceió prioriza turismo acessível em roteiros alagoanos

Atividade reforça que o turismo inclusivo não é apenas um dever social, mas uma celebração da diversidade humana
Promover experiências turísticas acessíveis, com novos contornos de humanidade e inovação: É com este objetivo que o projeto de extensão Metodologia Ativa na Educação Acessível e Inclusiva na Prática do Turismo, coordenado pela professora Valéria Goia Vasco Teixeira, promove entre os alunos dos cursos de Turismo e Hotelaria participação em vivências transformadoras em que, aplicando metodologias ativas, garantem a inclusão de pessoas com deficiência visual em roteiros turísticos no Estado de Alagoas.
Essa iniciativa, que já se consolidou como uma prática constante no currículo dos cursos de Hotelaria e Turismo, vai além da sala de aula e é fruto, também, de atividades de pesquisa envolvendo alunos e profissionais da área. "O projeto conecta teoria e prática para dignificar a experiência de turistas com deficiência visual, oferecendo momentos de lazer e aprendizado que respeitam suas singularidades. A atividade reforça que o turismo inclusivo não é apenas um dever social, mas uma celebração da diversidade humana", explica a coordenadora.
Por meio de simulações, oficinas e visitas monitoradas, os alunos dos cursos de Turismo e Hotelaria são desafiados a compreender as barreiras enfrentadas por turistas com necessidades específicas e a criar soluções acessíveis. O objetivo é formar profissionais empáticos e capacitados com um turismo mais inclusivo, onde todos tenham o direito de desfrutar plenamente das riquezas culturais e naturais do Estado.
A professora explica que o uso da metodologia ativa inclusiva se dá em três etapas. A primeira é chamada Método Ativo Geral Inclusivo - MAGI, em que a partir de conceitos e teoria da disciplina, os alunos começam a praticar a simulação de uma experiência real, evoluindo para a segunda etapa que é Método Ativo Experimental Simulado, o MAES. Poe fim, na terceira etapa, o projeto contempla a vivência real, aplicando o Método Ativo de Prática Profissional Real, o MAPPER, que é a prática real onde os cegos são levados para um passeio guidado pelo alunos.
As primeiras experiências práticas com metodologias ativas foram aplicadas por estudantes e profissionais que participaram de uma vivência transformadora para garantir a inclusão de pessoas com deficiência visual do Colégio Cyro Acioli em roteiros turísticos em Alagoas, incluindo o bairro do Jaraguá, em Maceió.
A experiência também ressalta a importância do trabalho colaborativo entre estudantes, professores e comunidades locais, mostrando que a disciplina é uma construção educativa extensionista. "Quando promovemos práticas que integram acessibilidade, estamos valorizando o que há de mais essencial no turismo e criando a equidade social ", afirma a professora Valéria Goia . "Com ações como essa, a educação em Turismo e Hotelaria se torna um potente instrumento de transformação social, reafirmando que o Turismo Inclusivo é uma jornada que todos devemos trilhar juntos", reforça a coordenadora da ação.