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CBEU 2016: apresentações orais consolidam notoriedade do Ifal nas ações extensionistas

publicado: 09/09/2016 13h17, última modificação: 12/09/2016 13h27
Exibir carrossel de imagens Clara Elys explicou projeto de croquis urbanos desenvolvido em Coruripe

Clara Elys explicou projeto de croquis urbanos desenvolvido em Coruripe

Além de ter mais de 80 trabalhos aprovados no 7º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), o Instituto Federal de Alagoas mostrou diversidade de temáticas e consistência nos projetos apresentados oralmente ao público do evento, nessa quinta-feira, 8, em Ouro Preto/MG. 

Entre as iniciativas expostas no Campus Morro do Cruzeiro, da Universidade Federal de Ouro Preto, teve destaque a exibição da aluna Clara Elys, do Ifal Coruripe. A partir do uso de croquis, que são esboços de uma representação paisagística, o projeto de extensão trabalhou as percepções de moradores de Coruripe acerca da cidade onde vivem. A estudante explicou como, por meio de oficinas de desenho ao ar livre para elaboração de croquis de pontos estratégicos do município, 40 pessoas da comunidade foram levadas a ter contato e valorizar os espaços públicos.

"Os participantes puderam ver a cidade com outros olhos, perceber aquilo que não é visto no dia a dia, conhecê-la melhor", defendeu a bolsista. De acordo com ela, além da socialização e exposição das produções gráficas, o projeto teve ainda como desdobramento a realização de curso de extensão Fundamentos do desenho de observação.

Outro empreendimento oriundo do Campus Coruripe, o "No universo da leitura" foi explanado pela discente Edilaine Lima Cunha. A ação consistiu em ofertar oficinas de produções textuais a 30 alunos de uma escola pública local, com a utilização de textos literários. "Não quisemos trabalhar a literatura enquanto disciplina curricular, mas principalmente estimular o contato com obras literárias", revelou a expositora.

Para Anderson Batista, do Ifal Arapiraca, a preocupação era com a educação alimentar de crianças da educação integral no município do Agreste alagoano. Isso motivou a execução do projeto de extensão voltado à promoção de cuidados com a alimentação, saúde e qualidade de vida. Aluno de Ciências Biológicas, na Universidade Aberta do Brasil - UAB do Ifal, ele promoveu oficinas interativas onde conversava com as crianças sobre hábitos alimentares saudáveis, higiene, conservação de alimentos e seus valores nutricionais. "Em dez meses, já atendemos em média 250 alunos", citou.

No Campus Morro do Cruzeiro, também apresentaram trabalhos o aluno Erick Phelipe Ramos, do Ifal Maragogi, que relatou a experiência de aprendizado econômico em uma associação de artesanatos no assentamento Nova Jerusalém, fundada a partir das intervenções do programa Minha Comunidade na região; bem como o estudante Eduardo Santana do Campus Palmeira dos Índios. Este último articulou um projeto de suporte de aprendizagem escolar em Física na cidade de Coité do Nóia. "Nosso objetivo é atender alunos com déficit de aprendizagem e, de forma secundária, auxiliar no aperfeiçoamento de algumas capacidades cognitivas", acrescentou Eduardo. 

Atividades no Centro de Convenções

No Centro de Convenções da UFOP, as apresentações orais de trabalhos desenvolvidos no Ifal tornaram públicas três criativas propostas. A docente do Ifal Batalha, Isabely Penina Cavalcante, expôs uma delas. Baseado no reaproveitamento de água condensada dos aparelhos de ar condicionado como fonte de irrigação para espaços verdes em Batalha, o projeto buscou conscientizar estudantes internos e externos ao Campus Batalha sobre a necessidade de redução do desperdício hídrico. "É, além de tudo, um incentivo à educação ambiental no ambiente escolar e estímulo à criação de hortas verticais", detalhou a professora.

O professor Luís Lucas Dantas, do Ifal Maragogi, falou para uma sala lotada de expectadores a respeito da experiência do programa de extensão Minha Comunidade no seu campus. De acordo com ele, 9 docentes e 11 estudantes estão envolvidos com a iniciativa de desenvolvimento humano e trabalho, cujo público-alvo são moradores do assentamento rural Nova Jerusalém, em Maragogi.

"Enfocamos o melhor aproveitamento dos recursos agroecológicos na localidade. Seja no eixo da assistência agroecológica, onde damos capacitação para produção vegetal de hortaliças, plantas medicinais e frutíferas, uso de defensivos naturais, poda, identificação e combate de pragas, como no eixo da educação ambiental e desenvolvimento sustentável, com a oferta de oficinas de economia solidária, de liderança e de artesanato", ressaltou o professor em sua exposição.

Um terceiro eixo também faz parte do programa, que é o turístico, com o objetivo de gerar renda na comunidade. Segundo Luís Lucas, a atuação nesse segmento tem a finalidade de desenvolver o turismo rural, aproveitando espaços próprios do assentamento. "A gente pensa em incluir uma trilha, banho de rio. Qualquer intervenção nossa é no intuito de despertar o protagonismo da comunidade, a autonomia e interação dos moradores", finalizou.

O professor de Filosofia do Campus Penedo, Ednilson Gomes Matias, foi responsável por mais uma apresentação de sucesso nas comunicações orais ocorridas no Centro de Convenções da UFOP. Ele tratou dos malefícios do uso exacerbado da internet pelos jovens e demonstrou os frutos do trabalho de sensibilização com 40 alunos da escola estadual Doutor Alcides Andrade, na cidade ribeirinha.

"O esforço dos bolsistas desse projeto deu resultado. Muitos participantes se deram conta dos riscos da dependência tecnológica e não só diminuíram o tempo que passavam no celular, como aprenderam a usar a internet para fins educacionais", explicitou. O que também chamou a atenção do docente é que os jovens atendidos pela ação extensionista se encantaram com a estrutura do instituto. "Eles desejaram ter acesso a esse universo de conhecimento. Fizeram a seleção do Ifal e muitos deles passaram, agora fazem parte da instituição. Mais uma meta da extensão concluída com sucesso: a inclusão ", comemorou.

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