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E-book propõe a inclusão das atividades de aventura na natureza como prática pedagógica da EPT
Práticas de caminhadas, acampamento, corridas, corrida de orientação e mergulho no cilindro integram essas atividades aliadas aos demais componentes curriculares
Uma pesquisa que aborda a possibilidade de intervenção pedagógica interdisciplinar a partir de algumas práticas de aventura no ensino médio integrado resultou na elaboração de um e-book como produto educacional do mestrado em Educação Tecnológica e Profissional ofertado pelo Instituto Federal de Alagoas que tem como Instituição Associada, o Campus Benedito Bentes, localizado na parte alta de Maceió. O trabalho científico é de autoria da mestra Vanessa Tavares, da turma 2021, sob a orientação do professor André Suêldo.
O título do trabalho é “Atividades de Aventura na Natureza:possibilidade interdisciplinar no ensino médio que está disponível em formato digital no site do ProfEPT/iFAL. O produto gráfico oferece uma compreensão das atividades de aventura na natureza como elemento urgente no âmbito escolar. A autora exemplifica os tipos dessas atividades, a partir de experiências próprias em ambientes naturais, como as práticas de caminhadas, acampamento, corridas, corrida de orientação e mergulho no cilindro.
“Diante da superação dos desafios, medos e limites que a aventura proporciona, bem como esse contato real com a natureza, surgia o interesse na minha prática educativa de inovar os conteúdos das aulas de Educação Física, inicialmente, através de caminhadas ecológicas em trilhas da região, por considerar uma prática acessível que une saúde física, mental e social aliada a preservação do meio ambiente”, explicou a mestre e professora de Educação Física.
Diferentes saberes
O material educativo traz alguns aspectos organizacionais das atividades de aventura na natureza como planejamento, a preparação e a organização durante a atividade. O estímulo ao diálogo com diferentes saberes é outra referência importante no e-book e, neste aspecto, destaca-se a reflexão sobre como os estudantes se apropriam do conhecimento das atividades da natureza e o relaciona com outras disciplinas.
Vanessa Tavares desenvolveu a pesquisa em turmas dos primeiros anos do curso técnico em Agropecuária do Ifal do Campus Santana do Ipanema. “Os dados resultantes dessa atividade exprimem a percepção dos estudantes quanto à aproximação e compreensão significativa sobre a relação das Atividades de Aventura na Natureza e os conteúdos estudados em outros componentes curriculares do curso”, acrescenta a professora.
A segunda etapa da pesquisa constituiu-se de uma visita à Serra da Camonga, no município de Santana do Ipanema, no sertão alagoano e há 230 quilômetros de Maceió com a participação das mesmas turmas. Os estudantes opinaram sobre a experiências de conhecer as atividades de aventura na natureza depois das atividades teóricas e práticas da pesquisa.
"Esta prática foi rica em conhecimento e de extrema importância para aprendizado pessoal e coletivo, uma vez que abrangeu várias disciplinas numa só atividade", disse um dos alunos pesquisados.
“Durante o percurso, a força, equilíbrio e resistência física foram essenciais, onde a Educação Física foi introduzida", opinou outro estudante.
Os discentes destacaram ainda, a integração de uma análise interdisciplinar ao enfocar a importância de componentes curriculares como Geografia, Biologia, Matemática nas atividades de aventura na natureza.
No e-book, a mestre Vanessa Tavares apresenta uma proposta de prática profissional integrada às atividades de aventura na natureza com 200 horas e registrada no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas. Para a autora, “a aplicação da prática pedagógica sugerida neste produto educacional, possibilita o rompimento de formas tradicionais de ensino, associando teoria e prática, capaz de ampliar o diálogo entre os conhecimentos dos diferentes componentes curriculares”
A mestra declara ainda que as Atividades de Aventura na Natureza como possibilidades interdisciplinares não se limitam à mera reprodução do E-book. “É possível implementar outras experiências no contexto escolar. Contudo, faz-se necessário a construção coletiva, de trabalho colaborativo, de diálogo, de reflexão e de troca entre os sujeitos ativos no processo, permitindo a materialização do Ensino Médio Integrado”, ressalta Vanessa Tavares.
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