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Documentário sobre comunidade quilombola é o primeiro produto educacional do Profept/Ifal em formato de vídeo

Com 300 famílias, o Alto do Tamandua. em Poço das Trincheiras-AL é tema de pesquisa do mestre Diego Alves

publicado: 04/03/2021 13h09, última modificação: 08/03/2021 11h38
Exibir carrossel de imagens Reprodução YouTube Um documentário sobre a Comunidade quilombola, de Poço das Trincheiras é tema do produto educacional do mestrado em Educação Profissional do Ifal

Um documentário sobre a Comunidade quilombola, de Poço das Trincheiras é tema do produto educacional do mestrado em Educação Profissional do Ifal

 O programa de Mestrado em Educação Profissional do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) já dispõe do primeiro documentário  como produto educacional. O vídeo resultou na  criação de um canal do programa de pós-graduação na rede social YouTube“Narrativas Quilombolas: memórias da comunidade remanescente do Alto do Tamanduá-AL” é  um vídeo educativo  que retrata aspectos da história e organização social da comunidade quilombola Alto do Tamanduá-AL, e também o primeiro produto educacional da turma 2019 do mestrado em Educação Profissional, ofertado pelo Instituto Federal de Alagoas, no Campus Benedito Bentes. Diego dos Santos Alves, autor  do trabalho defendeu  a pesquisa no dia 26 do mês passado por meio de uma videoconferência Sob a orientação da professora Beatriz  Medeiros de Melo, o vídeo tem o objetivo de colaborar no tratamento das questões raciais e regional em salas de aulas e contribuir para o reconhecimento dos quilombolas na memória e na identidade coletivas das famílias alagoanas.

A dissertação intitulada “História, Memória e Imagem Quilombola: o vídeo educativo como recurso didático no currículo do Ensino Médio Integrado” também foi apresentada na ocasião. A intenção do trabalho, segundo o autor, é lançar questionamentos entre estudantes e professores sobre  as  comunidades quilombolas em Alagoas quanto ao reconhecimento desses territórios como comunidades remanescentes, como elas são retratadas nos livros didáticos, quais são os esforços empreendidos para reconstrução da história e memórias dessas comunidades e se os saberes tradicionais têm contribuído para as práticas educativas antirracistas. Trinta docentes e 31 estudantes do campus Santana do Ipanema foram consultados sobre as questões levantadas. A conclusão foi de que 64% do corpo discente pesquisados ainda desconhece a existência das comunidades quilombolas, localizadas nos arredores de suas cidades. Em relação aos professores, o estudo concluiu que, apesar  do conhecimento da temática, os docentes, em sua maioria, não têm informações suficientes sobre as comunidades quilombolas. ”Os  apontamentos de estudantes e professores confirmam a ausência da questão quilombola na prática do currículo integrado no âmbito do Ifal.  Mais que unir conhecimentos teóricos  e, fortalecer  os contatos entre os saberes escolares, o  currículo integrado precisa caminhar na direção da aceitação da tolerância e do antirracismo”, afirma Diego Alves na dissertação apresentada e aprovada pela banca examinadora.

Dissertação (para leitura)

Alto do Tamanduá

O documentário produzido possui 33 minutos e tem como foco a   comunidade  quilombola do Alto do Tamanduá no município de Poço das Trincheiras, no sertão alagoano, localizado a 195 km de Maceió. A localidade possui 300 famílias atuando na área de agricultura familiar, artesanato e ações culturais e foi reconhecida como quilombola pela Fundação Palmares, em 2005. Trata-se de uma das quatro comunidades reconhecidas no município e a quinta maior do Estado.

Reitor Carlos Guedes destacou  o produto educacionalA apresentação de Diego Alves, ex-aluno do Instituto, ex-técnico-administrativo e, atualmente professor de História do Campus  do Ifal em Santana do Ipanema, no sertão alagoano, mereceu elogios do reitor Carlos Guedes  que considerou o trabalho extremamente importante  para o processo didático da instituição e que, segundo ele, ficará marcado na história  da instituição.

O coordenador do Profept/Ifal, Ricardo Cavalcanti acentuou que o produtoRicardo Cavalcante, coordenador do Mestrado Profept educacional é de grande relevância para a  oficialização e com laços estreitamento  entre a temática quilombola e o mestrado em Educação Profissional. “Em 2007, aderimos ao Profept  um pouco desnorteados. Mas, hoje estamos mais seguros, depois de várias defesas e que neste ano se estenderão até agosto”, declarou Cavalcanti ao enaltecer a turma 2019 que na opinião dele,  estreou com pé direito numa referência à apresentação do agora mestre Diego Alves.

 Produto Educacional: Narrativas Quilombolas