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Servidoras do Ifal falam da importância do aleitamento materno durante a pandemia

Depoimentos foram dados em alusão ao movimento Agosto Dourado

por Roberta Rocha publicado: 01/09/2020 08h32, última modificação: 01/09/2020 08h41

O mês de agosto acabou, mas a conscientização sobre os benefícios da amamentação vinculada à campanha nacional Agosto Dourado continuam no Instituto Federal de Alagoas - Ifal. E o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) da instituição coletou depoimentos de servidoras sobre suas vivências com o aleitamento materno e os aprendizados no período de pandemia. Confira os relatos:

...Sei que especialistas falam que, mesmo com Covid-19, o recomendado é continuar amamentando, porque os benefícios seriam maiores. Estamos em quarentena, mas se eu tivesse me expondo mais, estaria com mais medo em relação à amamentação. Não só pela amamentação em si, mas pela proximidade que mãe e filho têm nesse momento. É um momento de muita intimidade. Pretendo continuar amamentando porque isso é bom para ela, para mim e nossa família. Informações que apoiam a amamentação são muito importantes para termos mais segurança" - Daphne Roque, Reitoria (foto de capa desta matéria).

Agosto Dourado

"Estamos passando pelo gestar, parir e amamentar no contexto da pandemia por Covid-19, não é fácil. É tudo muito recente e são poucos estudos científicos sobre as implicações dessa infecção para o binômio mãe-filho. Amamentar requer da mãe muita dedicação e persistência, considero primordial que as mulheres recebam informação segura sobre essa relação com o coronavírus e tenham suporte para sanar dúvidas e um espaço de diálogo para trocar experiências e conhecimento (mesmo que virtual). Como nosso parto foi em casa, tivemos a presença de enfermeiras obstétricas e doula abordando questões relacionadas aos cuidados com o bebê e a Covid-19. Mas muitas mulheres não têm esse suporte e merecem/precisam ter acesso à informação de qualidade" - Andréia Ferreira, Campus Benedito Bentes.

Agosto Dourado"Esses tempos de pandemia são desafiantes para todos nós, visto que ainda há muitas perguntas sobre esse vírus ainda não respondidas pela comunidade científica. Como mãe do Pedro Bernardo (8 meses) e do João Vinícius (7 anos), tive que me descobrir e experimentar novas experiências nesses tempos. O período pós-parto já é muito solitário, com a pandemia ainda mais. Amamentei desde a primeira gestação, sou muito feliz e realizada por isso, mas não foi muito fácil, desde a primeira gestação. Foi muito dolorido e precisei de quase um mês para me sentir confortável sem doer. Acreditava que a segunda seria mais fácil, porém foi desafiante, os cuidados aumentaram, lavar as mãos o tempo todo, os cuidados com o bebê, isolados desde decreto do isolamento social, o medo do vírus, a insegurança. Mas tudo isso me tornou mais forte, aumentou o vínculo com meus filhos. No processo da amamentação também, pois fiquei mais tempo em casa (trabalhando remotamente) com o Pedro - o que não foi possível com o João! Graças a Deus e o aleitamento materno, Pedro é uma criança saudável. Sou feliz e agradecida pela minha família e por estar trabalhando nessa instituição Ifal" - Patrícia Araújo de Albuquerque, Campus Piranhas.

Orientações de especialista -  A nutricionista do Siass, Kelly Morgana, esclarece que a amamentação segue recomendada para mães com Covid-19 que estejam em bom estado saúde, mantendo os cuidados adequados de higiene. "O leite materno proporciona vários benefícios para o bebê e para a mãe também. Com a pandemia do coronavírus, muitas dúvidas surgiram em relação à manutenção da amamentação, mas é importante destacar que a amamentação é uma aliada para os dois, mesmo em tempos de Covid-19", afirma.

A profissional baseia sua recomendação em documentos do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Saiba mais aqui. De modo geral,a orientação de especialistas é amamentar até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses de vida da criança.

Sobre a campanha - O Agosto Dourado é um mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Instituído no Brasil por meio da Lei 13.435/ 2017, a cor dourada representa o movimento em alusão à definição da Organização Mundial de Saúde - OMS do leite materno como alimento padrão ouro para a saúde dos bebês.