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Psiquiatra do Ifal alerta para os cuidados com o sono durante isolamento social

Especialista deu cinco dicas para melhorar a qualidade do sono

publicado: 30/03/2020 12h47, última modificação: 02/04/2020 14h20

"As pesquisas mostram que pessoas que dormem pouco, isto é, abaixo de sete horas por dia, levam mais tempo para se recuperar de infecções". Com esse alerta, o psiquiatra do Siass (Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor) do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Jorge Luís Bezerra, iniciou sua fala sobre a relação do sono com a imunidade e os cuidados necessários para manter a qualidade do sono durante o período de isolamento social, medida de confinamento das pessoas em suas casas adotada nas cidades brasileiras como forma de combater a disseminação do novo coronavírus. Essa é a segunda reportagem especial da série Ifal Versus Corona.

Como o estresse e a ansiedade causados pela necessidade de manter-se em quarentena são capazes de afetar negativamente atributos do sono, o médico recomenda tentar preservar uma rotina de atividades, mesmo dentro de casa. Para ele, embora seja comum que, ao se trabalhar ou estudar em casa, o indivíduo espalhe suas obrigações pelo dia e muitas vezes pela noite, é melhor não fazer isso, em nome da qualidade do sono. 

Jorge Luís Bezerra"Durante o trabalho fora de casa ou no estudo em sala de aula, tendemos a manter as atividades de maneira regular, sendo expostos a pistas do dia a dia que ajudam a manter o nosso sono saudável. Com a necessidade de passar mais tempo em casa, devemos ter cuidado para não perturbar esse ritmo", aponta. 

De acordo com o profissional, que é estudioso da área e fez residência em medicina do sono, algumas orientações precisam ser seguidas para evitar dormir mal ou de forma insuficiente. A primeira delas é evitar trabalhar ou estudar na cama, pois o corpo "se acostuma" com o estar deitado e não dormir. A outra diz respeito ao uso da iluminação na hora adequada, evitando ficar em ambientes escuros durante o dia ou utilizar telas de aparelhos eletrônicos próximo ao horário de dormir. "A exposição à iluminação do espectro azul, presente em telas de celulares e lâmpadas brancas, tende a reduzir a produção de melatonina, uma das substâncias naturais que o nosso corpo produz para induzir o sono", explica Jorge Luís.

A lista de dicas do psiquiatra inclui ainda evitar atividade física no fim da noite, manter os horários habituais de alimentação e evitar contato com as especulações das redes sociais, principalmente próximo ao horário de dormir. Sobre os exercícios, ele esclarece que o ideal é fazer atividade física com antecedência mínima de duas horas em relação ao horário de dormir. Isso porque quanto mais vigorosa for a atividade, mais tempo o corpo humano leva para reduzir a temperatura e o ritmo para estar adequado ao sono.

"As refeições também são pistas que damos ao nosso corpo para o horário de dormir. Além disso, é importante lembrar de não consumir grandes refeições muito tarde para não ocorrer refluxo ao deitar. E em relação à necessidade de afastamento do celular, é bom reforçar que as notícias, ou até as fake news, levam ao aumento de ansiedade, gerando dificuldade de iniciar o sono", conclui.

Siass na quarentena - Para tirar dúvidas sobre aspectos do sono ou outras demandas do enfrentamento do coronavírus, a equipe do Siass está atendendo através do chat do e-mail siass@ifal.edu.br. O serviço está disponível das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira. 

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