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Professoras da Química comentam a fórmula para continuarem como profissionais do Ifal

Campi Satuba e São Miguel têm como docentes ex-alunas de curso técnico da instituição

publicado: 08/10/2019 18h32, última modificação: 10/10/2019 15h17

Gabriela Rodrigues e Roberta Rocha - jornalistas

O ano era 1989 e uma garota de 13 anos já se sentia orgulhosa: ela tinha acabado de entrar para a antiga Escola Técnica Federal de Alagoas (Etfal). Há mais de 110 anos, esse mesmo sentimento é compartilhado entre jovens de Alagoas, que procuraram o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em suas diferentes etapas históricas, para iniciar uma formação profissional. Mas a fórmula do conhecimento causa reações efetivas em alguns destes alunos, que acabaram se transformando em servidores da instituição, como é o caso de Flávia Bartira Almeida e Josiane de Souza, professoras da área de Química dos campi São Miguel dos Campos e Satuba, respectivamente.

Josiane era aquela menina orgulhosa de 1989. Apesar de muito nova, comentou que à época já sentia estar no “caminho certo”. Ela disse que foi um período de formação de amizades e aprendizado.

Ao terminar os quatro anos de curso técnico, em 1992, Josiane mal sabia que aquele era só o “primeiro passo”. No ano seguinte, ingressou no curso de bacharelado em Química e em logo no mestrado, ambos pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Sua formação teria continuidade no programa de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas nesse mesmo período, ela encontraria uma oportunidade para voltar as suas origens.

Ao tempo em que fazia o doutorado, Josiane foi aprovada para o cargo de professora substituta no Campus Satuba, à época, denominado Escola Agrotécnica Federal de Alagoas.

 Fiz o concurso, fui aprovada e foi um desafio para mim. Até então só tinha trabalhado com o ensino superior. Foi mais uma etapa de aprendizado, e trabalhar com o ensino médio me fascinou. Nesse período fui muito bem acolhida pelos colegas e docentes. Sentia que o campus Satuba era uma segunda casa”, avalia a docente.

Entre alunos do Campus Satuba, Josiane de Souza já tem 30 anos de relacionamento com a instituição. Nesse tempo, ela foi aluna, professora substituta e docente efetiva do Ifal desde 2007.jpg

Após três anos trabalhando como professora substituta, em 2007, Josiane prestou o concurso para professor em cargo efetivo. Ali surgia a oportunidade de sua permanência na instituição, na qual já tinha construído uma jornada como aluna e profissional.

“O processo do concurso foi bastante tenso, fiquei em segundo lugar e havia uma única vaga. O professor que passou em primeiro lugar assumiu o cargo, mas em seguida, pediu exoneração para assumir um cargo em outra instituição para o qual ele tinha sido aprovado. Menos de três meses, estava eu de volta. E hoje sou muito feliz em fazer o que gosto, num lugar que me faz sentir muito bem e onde fiz vários amigos”, comemora a professora.

No campus Satuba, Josiane leciona Química para os cursos técnicos integrados de Agroindústria, Agropecuária e Química, mas também já esteve à frente de disciplinas como Físico-Química e Bioquímica, no curso de tecnologia em Laticínios.

“A vivência no Ifal durante diferentes períodos me faz ter orgulho de dizer aos meus alunos que, como eles, fui aluna da instituição e que essa experiência foi o primeiro passo para minha realização profissional e também pessoal. Escolher ser professora e hoje lecionar na instituição onde tudo começou foi uma ótima decisão. Houve desafios, mas tudo é gratificante”, avalia a professora.Á direita, usando óculos, Flávia Bartira tinha 16 anos entrou no curso técnico de Química da antiga Escola Técnica Federal de Alagoas.jpeg

Gratidão

Uma década após Josiane, era a vez de outra adolescente iniciar o curso técnico em Química, no Campus Maceió. Flávia Bartira tinha 16 anos quando isso aconteceu e hoje ela comenta que teve que fazer uma graduação em Engenharia Química e ter larga experiência de trabalho na indústria, antes de tomar posse como docente do Campus São Miguel, onde está desde 2012.

Apesar das experiências, de acordo com a docente, o regresso não deixou de ser emocionante. O diretor-geral da unidade de ensino onde ela é lotada, José Hélio dos Santos, havia sido seu professor e orientador de estágio. Foi ele quem a recepcionou, ao ser efetivada para lecionar no curso técnico de Segurança do Trabalho.Flávia é docente da unidade São Miguel dos Campus desde 2012.jpeg

Hoje, ela diz sentir apenas gratidão. “Por todo conhecimento adquirido e as portas que o Instituto me abriu. No Ifal, tive meu primeiro contato com a pesquisa e me apaixonei. Meus professores incentivavam bastante, nos inspiraram a estudar. Da minha turma, todos os alunos estão muito satisfeitos com a vida profissional na atualidade”, pontua a servidora.

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