Napne realiza ações alusivas ao Dia da Síndrome de Down, divulga calendário inclusivo e propõe roda de conversa

O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas - Napne do Instituto Federal de Alagoas - Ifal Campus Piranhas, em alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Down comemorado nesta terça-feira (21), disponibilizou banners e frases de reflexão sobre o tema em alguns espaços da unidade de ensino. Além disso, o Napne decidiu realizar uma roda de conversa para discutir filmes que abordam a síndrome de Down e divulgou um Calendário Inclusivo, com outras datas comemorativas a serem lembradas pela comunidade acadêmica.

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A roda de conversa "Síndrome de Down, Educação e Processo de Inclusão no Cinema" ocorrerá no dia 30 de março, de 17h às 18h, no pátio do Bloco Administrativo.

Com a curadoria da professora Elma Leite, os filmes indicados para o debate são: Cromossomo 21 [2016], Luca + Silvana [202] e Fibra [2012]. Quem quiser participar da atividade, deve assistir os filmes por conta própria e comparecer no dia, horário e local marcado para compartilhar suas impressões.

Saiba mais sobre os longa-metragens escolhidos e a roda de conversa.

Estudante com síndrome de Down

O Napne comumente desenvolve ações e reflexões centradas na educação inclusiva e essa atuação é impulsionada pela presença de estudantes no campus que apresentam necessidades específicas. É o caso de Matheus Nobre, aluno com síndrome de Down que integra a comunidade acadêmica do Ifal Piranhas. 

Cursando o 2º ano do curso técnico de Agropecuária, o adolescente tem o acompanhamento da cuidadora Eilma Santos no cotidiano escolar e se reúne duas vezes por semana, no contraturno, com a profissional de Atendimento Educacional Especializado (AEE) Audenice Gomes. O objetivo desses encontros é promover um trabalho de alfabetização e letramento, lógica, interpretação de imagens, jogos que estimulam habilidades cognitivas, como memória, sequência, pareamento etc.

Nesta terça-feira (21), o estudante foi homenageado no perfil da unidade do ensino no Instagram. Durante o dia, Matheus relembrou que a maior dificuldade ao ingressar no Campus Piranhas era fazer as provas, mas reconheceu melhorias a partir do apoio recebido (inclusive dos/as amigos/as de turma e docentes) e apontou aprendizados adquiridos no cultivo de alface, tomate, coentro e cebola ao longo do primeiro ano de curso.

O discente revelou o desejo de seguir estudando após a conclusão do nível técnico. "Vou fazer Enem em Canindé [de São Francisco]". Quando questionado sobre que recado daria a pessoas com síndrome de Down que, por alguma razão, estão fora da sala de aula, Matheus pontuou: "Vai ser difícil voltar a estudar, mas não pode desistir!".

A coordenadora do Napne do Ifal Piranhas, Virgínia Gomes, também comentou sobre os desafios para realizar uma educação inclusiva. "Porém os pequenos avanços percebidos ao longo do processo nos motivam a dar continuidade aos trabalhos", concluiu.