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Turma de Engenharia Agronômica que se forma em 2023 já tem oito aprovados em mestrados

Resultados revelam potencialidades dos estudos agrários do Campus Piranhas

por Roberta Rocha publicado: 22/12/2022 20h01, última modificação: 22/12/2022 20h05

No primeiro trimestre de 2023, 14 estudantes da graduação em Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Alagoas - Ifal Campus Piranhas irão concluir o curso. Desses, oito já obtiveram aprovação em programas de mestrado país afora, ou seja, a maioria da turma. O resultado impressiona não só por reforçar a potencialidade das pesquisas agrárias realizadas na unidade e a qualidade do ensino ofertado, mas pelas especificidades da trajetória daqueles que seguirão carreira acadêmica.

Entre os aprovados, quatro ingressaram nos cursos técnicos do Campus Piranhas no início da adolescência: são fruto da verticalização do ensino. Três vieram de estados vizinhos, atraídos pelos diferenciais da graduação que foi avaliada pelo Ministério da Educação, na ocasião de seu reconhecimento, com o conceito 5 (nota máxima). Alguns serão os primeiros da família a obter diploma de nível superior. Há ainda concluinte aprovada em 1º lugar em mestrado referência na área e outras com dupla aprovação. 

Conheça essas histórias que reúnem empenho pessoal, orientação acadêmica adequada e os aprendizados adquiridos com pesquisa científica ao longo do curso:

Pioneirismo e orgulho familiar

Na reta final do curso de Engenharia Agronômica, a estudante Maria Marta Soares foi aprovada em duas seleções de pós-graduação stricto sensu: uma na área de Produção Agrícola, na Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, e outra na área de Fitotecnia, na Universidade Federal Rural do Semi-Árido - Ufersa. Ela, que é egressa de curso técnico de Agroecologia do campus, poderá escolher entre estudar em Garanhuns/PE ou Mossoró/RN. 

"[As aprovações] são frutos de pesquisa que participei durante essa trajetória, sendo bolsista voluntária, com publicações em revistas, publicações em eventos etc. Trabalhei com nematóides na cultura do tomateiro, trabalhei mais ainda com a cultura do quiabo, na parte de produção e precocidade de genótipos", comentou. "A minha maior felicidade é que, da família, estou sendo a primeira a concluir uma graduação".

Dedicação recompensada

Aprovado também para o mestrado em Produção Agrícola da UFRPE, o graduando Frankly Barbosa Teotônio, encerrará o ciclo de oito anos no Campus Piranhas. "Sou aluno desde 2014, quando entrei para o curso técnico em Agroecologia, finalizando em 2018 e já ingressando em Engenharia Agronômica. Hoje estou na reta final do curso, já sendo técnico e com a felicidade em saber que, depois de todo esse esforço, consegui a vaga de mestrado. Sei que pude aproveitar cada oportunidade que o campus me proporcionou e pude crescer com ele durante todos esses anos", relatou.

Primeiro lugar 

O nome que encabeçou a lista de aprovados no mestrado em Fitopatologia na UFRPE também é do Campus Piranhas. Helena Thays Rodrigues Filgueira é mais uma egressa de curso técnico em Agroecologia do campus e se destacou na seletiva da pós-graduação. "Passei em primeiro lugar. Quando saiu o resultado, fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, com medo. É uma nova jornada na minha vida, vou estudar fora e ficar longe da família. Sou a primeira da família a fazer graduação e agora mestrado", ressaltou.

Desde a época do curso técnico, a formanda participa do Laboratório de Melhoramento Vegetal do campus e se disse grata ao professor Kleyton Danilo, que lidera as atividades do laboratório e orientou, no total, seis dos estudantes aprovados nos mestrados.  

Indígena no mestrado

"Confesso que quando chegou o dia em que iria sair o resultado, eu atualizava a página da universidade a cada 10 minutos. Não via a hora de ver meu nome na lista de aprovados, mas não vou negar que, em certo momento, bateu aquela insegurança. Quando saiu a relação de aprovados, o meu nome estava lá. Foi um misto de emoções, em saber que todo o esforço aplicado antes e durante a graduação valeram a pena". Esse foi o relato do estudante Heryk Nascimento Santos, que irá cursar o mestrado em Produção Agrícola na UFRPE.

Indígena da etnia Pankararu, ele veio da cidade de Tacaratu - PE para estudar Engenharia Agronômica no Campus Piranhas. Durante a formação, participou de projetos de iniciação científica e foi orientado pelo professor Bráulio Crisanto para a produção do Trabalho de Conclusão de Curso. "Quero destacar também a importância de todos os professores pelos ensinamentos passados, em especial a equipe do laboratório de Zootecnia o qual faço parte, por todo apoio e pelos projetos de iniciação científica que me fizeram adquirir mais conhecimento, pegar mais gosto pela área e me permitiram alcançar mais essa conquista em minha vida", pontuou.

 Vocação para pesquisa

Natural de Pão de Açúcar/AL, a estudante Thamara Pereira do Nascimento também veio para Piranhas com o sonho de se tornar engenheira agrônoma. Prestes a realizá-lo, ela está pronta para subir novos degraus na vida acadêmica, cursando o mestrado em Melhoramento Genético de Plantas, na UFRPE.

"Quando o resultado saiu, foi uma mistura de emoção, pois sou a primeira da família a fazer mestrado. A contribuição de todos que fazem parte do laboratório de Melhoramento foi de muita importância nessa trajetória, pois pude vivenciar de perto e gostar da área", resumiu a formanda.

Dupla aprovação

Assim como Maria Marta Soares, a estudante Francismária Freitas de Lima foi aprovada em duas seleções: no mestrado em Fitotecnia na Ufersa e no de Melhoramento Genético de Plantas na UFRPE. Segundo ela, ter ingressado na pesquisa desde o início da graduação foi o diferencial de sua trajetória e ponto decisivo para os resultados nas seletivas mencionadas. 

"Na pesquisa, pude ver a parte prática de muitas áreas vistas em sala de aula. Durante o curso, fui monitora da disciplina de Experimentação Agropecuária e, sempre que necessário, ajudava o pessoal nas disciplinas ministradas pelo nosso orientador, professor Kleyton Danilo. Sou da cidade de Santa Brígida-BA e vim para Piranhas com a finalidade de cursar a graduação. Na minha família, sou uma das únicas que escolheu seguir na área acadêmica. Então é um misto de sensações, de orgulho e de saudade, pois precisamos abrir mão de ficar próximo da família e ir em busca dos nossos objetivos", expôs a discente.

Década de conhecimentos

Estudante do Campus Piranhas desde 2013, o egresso do curso técnico em Agroecologia Luís Fernando dos Santos Souza foi aprovado na área de Melhoramento Genético de Plantas. O futuro mestrando contou que estava tranquilo durante o processo de seleção, mas ficou nervoso após o resultado, ao pensar no cenário de tantas novas experiências que o espera, em outro estado, em outra universidade.

"No dia 25 de fevereiro, faz 10 anos que ingressei no Ifal e, apesar de ter passado por diversas áreas durante minha trajetória na graduação, o melhoramento de plantas e a tecnologia de sementes foram as que me moldaram na área acadêmica. Sou a primeira pessoa da família a ser aprovado no mestrado e esse é um motivo de muita alegria, tanto para os meus pais, quanto para os meus amigos que acompanharam a minha trajetória - sofrida, mas muito compensadora com toda certeza", afirmou.

Nova mudança

Orientada pelo docente Samuel Silva, a graduanda Daniele Alves é mais uma aluna com atuação em projetos de iniciação científica durante sua formação. Essa vivência com pesquisa fortaleceu sua inclinação acadêmica e favoreceu a aprovação no mestrado da UFRPE.

Daniele morava em Paulo Afonso/BA quando conseguiu a vaga na graduação em Engenharia Agronômica e mudou para a cidade de Piranhas em busca da habilitação profissional. Agora precisará de mais uma mudança residencial para seguir a carreira acadêmica. Dessa vez, para Garanhuns/PE. A história dela, que engravidou no início do curso, foi publicada em uma matéria no último 15 de dezembro. Acesse aqui.