Você está aqui: Página Inicial > Campus > Maragogi > Notícias > Campus reabre os portões para a volta do ensino técnico presencial
conteúdo

Notícias

Campus reabre os portões para a volta do ensino técnico presencial

Sentimentos de surpresa com tamanho da escola e peça teatral sobre Galileu marcaram retorno presencial no Ifal Maragogi

por Bartolomeu Honorato publicado: 01/12/2021 15h51, última modificação: 02/12/2021 07h13
Exibir carrossel de imagens Bartolomeu Honorato Ônibus de alunos começaram a chegar às 7h na sede do Ifal, em Maragogi

Ônibus de alunos começaram a chegar às 7h na sede do Ifal, em Maragogi

Antes das 7h, O estudante Paulo Ediniz Albuquerque dos Santos, 18 anos, já estava no campus Maragogi para o primeiro dia de aula presencial após quase um ano e nove meses vendo colegas de turma e professores apenas pela tela do celular. Nesta quarta-feira (1°), a unidade de ensino onde ele estuda reabriu os portões para receber alunos de seis municípios que cursam o ensino médio junto com o curso técnico.

O estudante do segundo ano de Agroecologia se disse animado no primeiro contato olho no olho com colegas da sala e professores. Virtualmente conhecia poucos e agora a expectativa é conhecer todos. “É uma oportunidade de ver os colegas da turma e fazer novos amigos. Eu achei muito bom voltar o presencial”, disse o estudante que mora na praia de Ponta de Mangue, em Maragogi.

Para Paulo, o Instituto Federal de Alagoas, em Maragogi, tem professores qualificados e estrutura boa para o ensino dos estudantes, mas o fato de eles estarem aprendendo apenas à distância impede que eles se desenvolvam mais.  “No remoto nem sempre entendemos tudo, mas presencial podemos tirar as dúvidas na mesma hora e também podemos fazer a parte prática da disciplina, que não dá para ocorrer em casa", explicou.

Surpresa foi o sentimento vivido por Jullyane Rayara da Silva Lima, 15 anos, da cidade de Porto de Pedras, no primeiro dia de aula presencial no Instituto. Ela passou nove anos frequentando o mesmo colégio na cidade em que mora até entrar no curso de Hospedagem do campus Maragogi, neste ano. “No começo da manhã eu fiquei meio desnorteada. Eu perguntei a mim mesma: O que estou fazendo aqui? Fiquei chocada quando vi tudo isso. Aqui é grande, organizado, um mundo novo”, reagiu a jovem. 

A diretora geral do campus Maragogi, Sandra Maria Patriota Ferraz, destacou no discurso de boas-vindas ao público que a unidade de ensino estava ansiosa para ver os alunos após a temporada funcionando só com aulas no formato remoto.  Outro ponto na fala dela foram os cuidados com a biossegurança de adolescentes, jovens e servidores que compõem o quadro da unidade de ensino. 

“É uma felicidade grande ter o reencontro com nossos alunos e conhecer quem a gente só via pela internet. Estávamos contando os dias para isso ocorrer no campus”, afirmou. Sandra acrescentou que placas com orientações de uso correto da máscara e pontos de disponibilização de álcool em gel foram instalados no prédio. Além disso, a equipe de saúde do campus está preparada para atender casos suspeitos de Covid.

Encenação contou a contribuição de Galileu para a ciência

O papel de Galileu na valorização da ciência virou peça de teatro

Quem compareceu ao auditório pode prestigiar a peça Galileu, encenada por três estudantes do campus Maragogi. A narrativa leva ao público a história do matemático e astrônomo, Galileu Galilei, que viveu de 1564-1642, na Itália, e sua contribuição científica, na Idade Média. O texto traz ainda uma reflexão sobre o papel da ciência em desmentir crendices populares.

“O renascimento é uma época muito intensa. Essa peça representa nossa realidade e é até uma ironia, pois em 2020 a ciência está lutando contra aquilo que não é ciência. Essa peça vem com o intuito de dar uma luz, de dizer que a ciência é importante e essencial para todos”, comparou o ator Fábio Ramos da Silva Filho, 18 anos. A descoberta de um aparelho que amplifica a visão do céu durante à noite foi um dos pontos de destaque da peça. Nascia ali o telescópio.

O coordenador da encenação e professor de Artes, Ricardo Soares, ressaltou que o trio de artistas se preparou em três dias para a apresentação, mas o fato de já terem contato com as artes cênicas permitiu um lindo espetáculo em curto tempo de preparo. Também citou que, em breve, os novatos poderão participar das atividades artísticas promovidas pela instituição, a exemplo do Auto de Natal.