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Reflexões sobre sociedade, cultura e composição do povo alagoano marcam início da Especialização em História de Alagoas

Curso coloca em debate a importância de índios, negros, operários, periferia e questões de gênero

por Gabriela Rodrigues publicado: 10/05/2021 18h26, última modificação: 10/05/2021 18h40

"Destacar a trajetória do povo que construiu o nosso Estado, numa história que poucos conhecem porque nos foi negada, silenciada, não nos foi contada". A fala da pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Ifal Eunice Palmeira traduz a importância do curso de Especialização em História de Alagoas, ofertado pelo Ifal campus Maceió, e iniciado na última sexta-feira (07), com aula inaugural transmitida pela plataforma Google Meet com a presença de gestores, alunos e professores do Instituto. 

Na ocasião, a pró-reitora destacou a importância do curso para o Ifal e para Alagoas, especialmente por possibilitar o conhecimento, a reflexão e o debate sobre temas ligados à sociedade, cultura e à composição do povo alagoano, a exemplo de índios, negros, operários, periferia e gênero. "Todos ficam enriquecidos com essa especialização, não apenas os estudantes, mas  também os professores envolvidos. Dessa experiência teremos um material de pesquisa primoroso, gigantesco e valoroso, produções que demonstram o poder da educação transformadora, especialmente no cenário atual em que vivemos", destacou Eunice.

O reitor do Ifal Carlos Guedes destacou que a pós-graduação em História de Alagoas é fruto de uma conquista coletiva daqueles que acreditam na educação pública, gratuita e de qualidade social. "Temos vivido sucessivas dificuldades mas, haja o que houver, não podemos desistir, a educação é fundamental para o processo civilizatório", avaliou o reitor.

O diretor do Ifal Maceió Damião Augusto destacou a existência da especialização em História de Alagoas como um ato de resistência, especialmente pelo fato de o curso permitir que vozes ocultas e silenciadas sejam colocadas em evidência. "Este é um curso miscigenado, transdisciplinar, multidisciplinar e que dá voz aos marginalizados pois foram justamente esses povos que iniciaram a nossa história. É um momento de resistência e coragem que afronta os discursos que naturalizam o ódio e a destruição", avaliou o professor.

A aula inaugural levou ao público reflexões iniciadas pelos professores que compõem o corpo docente da Especialização, estimulando a troca de conhecimento que e dará em debates, atividades e pesquisas ao longo do curso. O curso de pós-graduação lato sensu em História de Alagoas é destinado a profissionais de educação básica, tem carga horária de 360h distribuído em oito meses, nas modalidades presencial e remoto (enquanto durar a pandemia de Covid-19).  De acordo com o coordenador do curso, professor Amaro Hélio,  o curso de Especialização em História de Alagoas é resultado do trabalho coletivo, dialógico e participativo. Trata-se de uma pós-graduação latu sensu inédita sobre a história de Alagoas, que visa a capacitação de professores e profissionais da educação para a compreensão da formação espacial, étnica e das relações produtivas e de gênero em Alagoas; buscando contribuir para uma formação especializada desses profissionais, na prática pedagógica e na pesquisa.