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Pesquisadores do Ifal analisam materiais utilizados em máscaras

Estudo constata que máscaras de papel são ineficazes; TNT e algodão podem ser utilizados.
por Gabriela Rodrigues publicado: 15/05/2020 16h58, última modificação: 19/05/2020 10h49

Um estudo realizado por microscopia eletrônica de varredura (MEV), realizado por professores de Química do Ifal Maceió, analisou a eficácia de materiais utilizados para confecção de máscaras de proteção. Desde o anúncio da pandemia da COVID-19, itens de proteção, normalmente de uso hospitalar, sumiram das prateleiras de farmácias. Com a recomendação de uso para toda a população, e não apenas para profissionais de saúde, as máscaras passaram a ser confeccionadas em tecido, normalmente algodão, sendo as máscaras cirúrgicas descartáveis utilizadas rotineiramente pelos profissionais de saúde.

Neste contexto, os pesquisadores do Campus Maceió Johnnatan Duarte de Freitas, Jonas dos Santos Sousa, Alan John Duarte de Freitas e Demétrius Pereira Morilla, docentes da área de Química, realizaram um estudo preliminar com diferentes materiais frequentemente utilizados para confecção de máscaras como: TNT (Tecido-Não-Tecido) constituído de um polímero plástico (polipropileno), com diferentes gramaturas (relação entre espessura e densidade), 20 e 40; papel toalha (feito com celulose); tecido em algodão com trama trançada; e máscara cirúrgica descartável comercial.Equipe de docentes de Química do Ifal Maceió

Para realizar o estudo comparativo, foram cortadas amostras em formato de quadrado de 1x1cm (1 cm²) expostas ao microscópio, visando observar questões como: tamanho dos poros, compactação das camadas, arranjo espacial e disposição das fibras. O Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) tem a capacidade de ampliações em escala nanométrica (109 m, ou seja, 10 elevado a 9 vezes do metro), permitindo visualização minuciosa do material. O MEV é um tipo de microscópio eletrônico capaz de produzir imagens de alta resolução da superfície de uma amostra. O estudo foi realizado em laboratório do Campus Maceió.

As imagens obtidas por MEV comprovam a eficácia dos materiais TNT e tecido (algodão), por mostrar os espaços e emaranhados entre as fibras mais detalhadamente. Quanto mais fechado ou maior o emaranhado de fibras, mais indicado o material para agir como barreira física contra as  gotículas de espirros e tosses de pessoas portadoras ou não do coronavírus. Os espaços entre as fibras são menores que as de gotículas projetados na tosse ou espirros, que variam entre 0,05 mm a 2 mm. A pesquisa atesta ainda que, embora circulem nas redes sociais vídeos que ensinam a confecção de máscaras  com papel toalha, estas não apresentam segurança para uso, pois possuem fibras muito fechadas,  podendo  dificultar  a  respiração  e, frente  ao  suor  e  gotículas  de  espirros  e  tosse,  e até pela própria respiração do usuário,  se  deterioram quase que momentaneamente, já no princípio do uso.

Os pesquisadores alertam que no estudo apenas os materiais das máscaras foram levados em consideração . Para se avaliar a eficácia completa de uma máscara de proteção, é preciso considerar, também, outros parâmetros como resistência mecânica, eficiência de filtração biológica e índice de respiração.

CUIDADOS COM O USO

Além da atenção ao material componente, outros cuidados devem ser tomados    utilização de máscaras, para que seja garantida a proteção do usuário e de pessoas próximas. Fique atento!

  • O usuário deve lavar as mãos antes de manusear a máscara;
  • A máscara deve cobrir o nariz e o queixo;
  • Ela deve ficar justa ao rosto, sem espaço nas laterais;
  • Não toque na máscara durante o uso e não a remova para falar;
  • Tire a máscara pelas alças laterais e higienize as mãos;
  • Faça higienização das mãos após o uso;
  • Higienize a máscara.