Campus Maceió celebra aniversário de 111 anos

Um dia para celebrar conquistas, revisitar as memórias, homenagear pessoas e refletir sobre a trajetória centenária de uma instituição que marcou e continuará a marcar muitas histórias: nesta quarta-feira, 23/09/2020, o Ifal Campus Maceió comemorou aniversário de 111 anos e o de 45 anos do Coretfal, com uma solenidade que reuniu gestores do Instituto, artistas do Núcleo de Cultura Mestre Manuca (Camerata Jovem do projeto Artifal e coralistas do Coretfal), familiares dos homenageados (do professor André Luiz Oliveira, do aluno Muniz Pereira da Silva e do técnico administrativo Beroaldo Correia de Oliveira) e servidores do Campus.

O diretor do campus, professor Damião Augusto, destacou a ocasião como uma oportunidade de homenagem póstuma ao servidor Beroaldo Oliveira (vítima de um infarto fulminante em fevereiro deste ano), ao professor André Luiz Novaes e ao aluno Muniz Pereira da Silva (ambos, vítimas da Covid-19). Damião relatou dificuldades enfrentadas em virtude da pandemia de Covid-19 e falou das necessidades de readaptar a educação durante o período de isolamento social. "E em meio a dificuldades, temos produções incríveis como as do Núcleo de Arte e Cultura Mestre Manuca, que reúne a Camerata do Artifal e o Coretfal levando para nossas casas arte e esperança de dias melhores", ressaltou.

O reitor do Instituto, professor Carlos Guedes, destacou que o aniversário do Campus é uma ocasião somente para agradecimentos. "Esta é uma Instituição que há décadas ajuda a transformar a vida das pessoas e que permanece se reinventando, inclusive em tempos tão adversos. Nós só temos a agradecer. Hoje são 20.850 alunos, 1085 docentes e 805 técnicos que continuam a construir a nossa história, e cada um é muito importante para que sigamos com a nossa função social de criar oportunidades por meio da educação", declarou o reitor. "Somos um complexo que não para de crescer mesmo em meio aos desafios e que avança muito a cada passo dado. Tenho muita gratidão e orgulho por ser professor desse Instituto", reforçou Guedes.

A celebração também foi marcada pelo lançamento do vídeo comemorativo gravado pelos artistas da camerata, regida pelo maestro Almir Medeiros, e do Coretfal, regido pela maestrina Fátima Menezes, que executaram a música Ponta de Lápis, num mosaico virtual em homenagem à Maceió. 

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 A cerimônia de aniversário do Campus também foi marcada por salva de fogos, apresentações musicais com os músicos Almir Medeiros e Sérgio Corrêa, depoimento do presidente do Grêmio Estudantil Edson Luís, Ewerton Lira, momento de reflexão com o mestre em educação Felipe Valoz e confraternização.

Cuidados na pandemia

O evento foi transmitido on-line, ao vivo, pelo YouTube e permanece disponível AQUI.

A solenidade contou com a presença do ex-reitor do Ifal, professor Sérgio Teixeira Costa, que falou de fé e paciência em tempos de pandemia. O professor foi acometido pela Covid-19, relatou a sua experiência desafiadora durante o período de tratamento, e alertou as pessoas sobre os cuidados que devem ser mantidos para evitar contaminações. "É um tempo muito difícil e não devemos perder a fé, e digo que a minha vida é um verdadeiro milagre, mas também perdemos muitas pessoas neste período. A pandemia não passou, não subestimem essa doença e mantenham com rigor todos os cuidados, pois tudo ainda é muito incerto", alertou.

História

A história do Campus Maceió teve início em 23 de setembro de 1909, com a criação de dezenove Escolas de Aprendizes e Artífices, através do Decreto Nº 7.566, assinado pelo Presidente da República Nilo Peçanha. Assim, começava a Rede Federal de Ensino Profissionalizante no Brasil, em diferentes unidades federativas, inclusive Alagoas, onde a inauguração da escola ocorreu em janeiro de 1910, em um prédio da Rua Boa Vista, no Centro de Maceió. No ano de 1937, instalada, então, no prédio onde hoje funciona o Espaço Cultural da UFAL, a Escola de Aprendizes e Artífices passou a ser chamada de Liceu de Artes e Ofícios.

Na sequência, transformou-se na Escola Industrial de Maceió e, depois, na Escola Industrial Deodoro da Fonseca. A transformação em Escola Técnica Federal de Alagoas (ETFAL) aconteceu em 1968, já na sua sede definitiva: esquina da Rua Mizael Domingues com a Rua Barão de Atalaia, Centro. A partir do dia 22 de março de 1999 foi implantado o Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas (CEFET-AL), substituindo a ETFAL, e passando a ofertar alguns Cursos Superiores Tecnológicos. Finalmente, através da Lei nº 11.892/08, de 29 de dezembro de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram criados 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF), entre eles o Instituto Federal de Alagoas (IFAL), cuja Reitoria está instalada em Maceió, na Rua Odilon Vasconcelos, 103 (esquina com a Av. Júlio Marques Luz),  Jatiúca. O prédio da rua Barão de Atalaia passou a ser denominado: Campus Maceió, o maior e mais tradicional campus do Instituto em Alagoas.

Confira AQUI registros inéditos da história do Ifal Maceió.

Em seu pronunciamento na cerimônia de aniversário de 111 anos do Ifal Maceió, a Pró-reitora de Ensino Cledilma Costa destacou que "mais do que celebrar o aniversário do Campus, a comemoração de 111 anos marca a importância de uma Instituição que carrega o peso de ser centenária na oferta de educação pública, gratuita e de qualidade social. É momento de relembrar a nossa história, continuar pensando o nosso presente e planejar o nosso futuro", afirmou.

Coretfal: quase meio século de arte

O Coretfal foi criado em 1975, pelas mãos da maestrina Maria Augusta Monteiro, com o objetivo inicial de difundir a cultura musical entre as antigas Escolas Técnicas Federais. É formado por cantores entre 15 e 60 anos, oriundos de diferentes realidades sociais.

A partir da década de 80, já sob a regência da maestrina Fátima Menezes, o coral desenvolve um trabalho pioneiro, difundindo e valorizando a Música Popular Brasileira e o folclore nordestino em toda sua riqueza rítmica e melódica, nos espetáculos temáticos Canto por Todos os Cantos, Ecos: Brasil 500 Anos, Cantando o Natal, Retrato Cantado do São Francisco e Baião de Dois – que misturam música, teatro, dança e efeitos tecnológicos.  O Coretfal também apresentou o espetáculo Cantotempo, em 2015, em ocasião dos 40 anos do coral.

Saiba mais sobre a história do Coretfal AQUI

A maestrina Fátima Menezes, que há 39 anos participa e conduz o coral, emociona-se a falar do Coretfal,  e em virtude da celebração dos 45 anos do grupo, destaca: "É quase meio século de amor e de música, todos eles carregados de muita troca, história aprendizado. São 39 anos de minha vida trabalhados sobre esta história, e a principal recompensa desta jornada é cantar por todos os cantos".