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Projetos expostos em segundo dia de evento acadêmico do Ifal atendem demandas sociais e ambientais

publicado: 19/08/2016 15h01, última modificação: 22/08/2016 13h28
Exibir carrossel de imagens Aluna apresenta projeto de bengala eletrônica capaz de ajudar na percepção de objetos a 1,5m

Aluna apresenta projeto de bengala eletrônica capaz de ajudar na percepção de objetos a 1,5m

Sem botijão de gás ou lenha. Nada de fósforo nem eletricidade. No que depender do bolsista de iniciação científica Ruan Ronivo, aluno do Campus Palmeira dos Índios no Instituto Federal de Alagoas - Ifal, a energia solar vai abastecer os fogões no futuro e minimizar o impacto ambiental no cozimento da alimentos. O invento do jovem pesquisador, com a orientação do professor Rodrigo Raposo, foi um dos destaques do segundo dia do Encontro de Inovação, Tecnologia e Inovação Científica, que compõe a programação do Congresso Acadêmico do Ifal, iniciado na última quarta-feira, 17, em Palmeira dos Índios.

O fogão solar experimental pode ser construído com material de baixo custo e aquece a partir da incidência de raios solares no vidro temperado. "Dá para substituir o vidro por outro material transparente resistente, que suporte altas temperaturas. No nosso protótipo, também utilizamos madeira, isopor e uma placa metálica escura no centro do equipamento", contou Ruan. 

De acordo com o idealizador, o fogão solar pretende aproveitar a condição climática da região Nordeste e atingir conceitos sustentáveis. A partir de agora, a perspectiva é ensinar comunidades carentes a fabricarem o utensílio culinário. "Queremos inserir a ideia em um projeto de extensão e levar isso especialmente às populações que ainda usam o fogão a lenha", esclareceu o aluno.

Inclusão social

Esse não foi o único projeto de pesquisa apresentado no Eitic que responde a uma demanda do meio ambiente ou da sociedade. A proposta da estudante Danielle Bezerra, orientada pelo professor Leonardo Medeiros, também tem esse engajamento. Trata-se do desenvolvimento de uma bengala eletrônica para melhorar a mobilidade de deficientes visuais.

Por meio de sensores, a ferramenta detecta obstáculos abaixo e acima da linha da cintura. Com a bengala tradicional, o usuário só consegue detectar obstáculos abaixo da linha da cintura. "Nosso projeto também contempla a criação de um óculos com alarme sonoro acoplado para facilitar a locomoção do deficiente visual", detalhou a aluna, que na apresentação oral explicou a lógica utilizada na programação do microcontrolador presente no circuito interno da bengala eletrônica. A estimativa de custo do objeto mais o óculo, segundo ela, é de aproximadamente R$540,00.

Combate à anemia

A bolsista Jaqueline Vieira contou com a orientação da docente Ingrid Vieira para inovar também na produção de alternativas de alimentação saudáveis. Ela elaborou biscoitos tipo cookies com substituição parcial da farinha de trigo por farinha de fígado bovino liofilizado, uma técnica de desidratação a partir do congelamento a vácuo do alimento. O objetivo da invenção é ajudar no combate da anemia e da deficiência nutricional de ferro. "É uma alternativa viável para um problema de saúde pública, por meio de um produto de fácil acesso e muito consumido, que é o cookie. Conseguimos enriquecer o biscoito padrão em proteínas, lipídios e ferro", destacou.

Além desses projetos, dezenas de pesquisas multidisciplinares e nas áreas de Ciências da Saúde, Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, Linguística, Letras e Artes foram apresentadas durante o segundo dia do Conac 2016. Outras propostas inovadoras compõem a programação do Eitic nesta sexta-feira, 19, data de encerramento do evento. 

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