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Professor defende expansão da energia solar entre institutos da rede federal

Durante 11º Connepi, Alexandro Vladno compartilha experiência sobre o IFRN

publicado: 09/12/2016 10h09, última modificação: 09/12/2016 10h09
Acássia Deliê/Ifal  - Jornalista

Imagine sua conta de energia reduzida pela metade. Isso já acontece em alguns campi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), onde a energia elétrica vem sendo substituída aos poucos pela energia solar. Dos 22 campi do instituto, 11 já estão utilizando a tecnologia. E o objetivo é espalhar a ideia por todo o país. 

O tema foi discutido nesta quinta-feira (8) pelo professor Alexandro Vladno, do IFRN, durante o 11º Connepi (Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação), em Maceió-AL. Além de compartilhar a experiência do IFRN, o professor defende que o uso da energia solar seja ampliado nas unidades da rede federal. 

Energia Solar

Para isso, há dois grandes argumentos: primeiro, é uma energia limpa e sustentável. Além disso, há o fator financeiro, produzir energia solar é muito mais barato que energia elétrica. A China por exemplo, está reduzindo drasticamente o consumo de carvão com grandes investimentos energia solar e eólica”, explicou Vladno, ao ser questionado por um participante sobre como convencer os gestores da rede federal a investir em fontes renováveis de energia.

A palestra servirá de base para o projeto de mestrado do estudante Roberio Castro, do IFCE. Para ele, o Nordeste tem um grande potencial para energia solar, que precisa ser mais bem aproveitado. “Estou aqui para entender os desafios e também as possibilidades. O custo das instalações ainda é muito alto, por isso é preciso investimento do poder público, principalmente nas comunidades mais pobres”, defende Roberio. 

Ifal: destaque no Greenpeace 

A democratização da energia solar também vem sendo discutida pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Em setembro deste ano, o projeto Sun Freedom, de estudantes do Campus Marechal Deodoro, foi reconhecido pelo Greenpeace como um dos melhores do Brasil no concurso Desafio Solar. O concurso foi realizado junto com a incubadora de negócios sociais Nesst. Mais de 250 grupos de todo o país haviam se inscrito. 

O projeto Sun Freedom pretende democratizar o acesso à energia solar, por meio do consórcio de células fotovoltaicas, aberto a pessoas físicas e jurídicas. É uma plataforma de compra cooperativada em que o cliente contribui mensalmente através de um sistema de autofinanciamento.  

Diferentemente de um empréstimo, o consórcio funcionaria como uma poupança programada, onde o cliente adquire a placa fotovoltaica a partir da contemplação por sorteio e/ou lances. O projeto propõe planos de 60 a 120 meses, nos quais são divididos o valor total do bem, sendo incluído a taxa administrativa. 

O Sun Freedom foi desenvolvido pelos estudantes Guilherme Damasceno, Matheus Ribeiro e Pedro Yuri, do curso de Gestão Ambiental do Ifal – Campus Marechal Deodoro. A orientação foi do professor Rodrigo Lucena.