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Estudantes e docente do Ifal Murici apresentam livro e pesquisas no sétimo dia da Bienal

publicado: 27/11/2015 09h02, última modificação: 27/11/2015 09h02

Lançamento de livros, atrações culturais e também trabalhos de pesquisa. Aproveitando o grande fluxo de pessoas que visitam a 7ª Bienal do Livro, professores e estudantes do Instituto Federal de Alagoas se revezam no estande da instituição, montado no evento, para promover os cursos e demais iniciativas do Ifal.

E quem foi à Bienal nessa quinta-feira (26) teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre as pesquisas desenvolvidas por estudantes do curso técnico em Agroindústria do Campus Murici, além de adquirir o livro “Leite: obtenção, inspeção e qualidade”, que reúne uma coletânea de artigos de diversos autores com experiência nas etapas de produção do leite.

Um dos artigos da obra é “Higienização em indústria de laticínios”, de autoria da engenheira de alimentos e docente do Ifal Murici, Karla Gollner. Com mais de 35 anos de experiência na indústria de laticínios, a professora destaca que o livro é bastante útil para os profissionais e produtores da área. “São assuntos de cunho acadêmico, mas numa linguagem objetiva, respaldados na vivência de profissionais bastante experientes. Com certeza, é um material de consulta muito importante para todos que trabalham com os produtos lácteos”, afirmou Gollner.

Já a exposição dos trabalhos dos estudantes, todos com orientação da professora Karla Gollner, foi uma prévia do que eles apresentarão no Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) que vai ser realizado no Acre, no período de 30 de novembro a 3 de dezembro de 2015. O curso técnico em Agroindústria do Ifal Murici conseguiu a aprovação de sete trabalhos para o evento que reúne pesquisas de todos os institutos federais do Brasil.

Os estudantes João Victor dos Santos e Clara Costa expuseram a pesquisa sobre o leite fermentado enriquecido com farinha de banana verde. “A banana verde é rica em amido resistente, fibras, minerais e vitaminas. Tudo isso alimenta as bactérias do bem do nosso organismo, dando uma sensação maior de saciedade”, explicou Clara.

Os jovens pesquisadores seguiram a legislação sobre segurança alimentar e fizeram testes físico-químicos e microbiológicos do produto. Todos os resultados deram negativos para bactérias patogênicas. Além disso, promoveram análises sensoriais com provadores de Garanhuns, estudantes e docentes do Ifal Murici. Todos os que provaram o leite fermentado gostaram do sabor e não perceberam o acréscimo da farinha de banana. “Adicionamos esse ingrediente muito mais por seus benefícios probióticos do que pelo sabor. A nossa preocupação foi pensar em um alimento saboroso e também nutritivo”, relatou João Victor dos Santos. A pesquisa já foi apresentada durante o 3º Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, realizado em Recife, no mês de maio deste ano.

Ainda na área de alimentos, o estudante Alan Silva levou o trabalho sobre manteigas com sabores e cheiros especiais. “Fizemos experiências com orégano, páprica doce, gergelim, semente de chia e, na degustação feita com a comunidade do campus, 70% das pessoas aprovaram o resultado”, contou ele.

O trabalho apresentado por Maryelle Barros foi uma pesquisa sobre a comercialização de alimentos minimamente processados. Segundo a estudante, exemplos desses produtos são as frutas, legumes e verduras que são vendidas sem cascas e já fatiadas. “A nossa pesquisa constatou que nas cidades do interior não há oferta desse tipo de produto por falta de fornecedor e de conhecimento”, relatou Maryelle. O trabalho foi realizado em 31 pontos de revenda de alimentos localizados nas cidades de Murici, Branquinha, União dos Palmares, São José da Laje, Barra de São Miguel e Maceió. “Apenas a capital fornece esse tipo de produto, que tem um valor agregado e pode aumentar a renda dos donos de estabelecimentos”, destacou a estudante.

Já o estudo de Mariany Barros foi direcionado para o aproveitamento integral dos alimentos. “Muita comida é desperdiçada, porque as pessoas ainda dividem o que comem entre parte nobre e descartável quando, na verdade, tudo pode ser aproveitado”, argumentou. Para corroborar com essa linha de pensamento, em seu trabalho, a estudante propôs uma degustação com doces de abacaxi: um feito com a casca, a parte desprezada, e outro com a polpa, considerada a porção nobre do fruto. “A maioria dos provadores preferiu o doce da casca, afirmando que era mais saboroso”, garantiu Mariany.

As pesquisas de Maryelle Barros e Mariany Barros fazem parte do programa de extensão Minha Comunidade, que tem como objetivo promover um conjunto de ações para promover melhorias na vida das pessoas de determinado local.

Bienal prossegue até o dia 29

Faltam poucos dias, mas ainda dá para aproveitar. As atividades da Bienal Internacional do Livro de Alagoas prosseguem até o dia 29 (domingo), das 10h às 22h.

Para conferir a programação, acesse http://bienalalagoas.com.br/

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