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“O estudo muda a vida, livra-nos de preconceitos e nos torna pessoas melhores”, diz estudante do Ifal que conquistou o 1º lugar em medicina

publicado: 22/01/2016 09h35, última modificação: 04/02/2016 05h50
Exibir carrossel de imagens Estudante do Ifal, Felipe Mendonça Rocha Barros.

Estudante do Ifal, Felipe Mendonça Rocha Barros.

O estudante Felipe Mendonça Rocha Barros, do curso técnico integrado em Eletrotécnica do Campus Palmeira dos Índios do Ifal, conquistou o primeiro lugar no curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) – Campus Maceió.

Estudando integralmente no Ifal e em casa, sem fazer curso preparatório, ele obteve 811,72 pontos no Sisu 2016. Desde então, sua história tem inspirado muitos outros jovens sobre a importância da dedicação aos estudos.

Ele ingressou no Ifal em 2012, seguindo os passos dos irmãos que também se formaram no instituto alagoano, e desde o primeiro ano participou de várias atividades de extensão e pesquisa. “O Ifal sempre proporcionou, além do ensino médio e técnico de qualidade, várias atividades extracurriculares que me permitiram tomar ainda mais gosto pelos estudos”, diz o estudante.

Conforme explica a diretora-geral do Ifal Palmeira dos Índios, Ana Quitéria Menezes, no instituto os alunos recebem o apoio dos professores para diversas atividades. “Além de ensinar, incentivamos os estudantes a construírem o seu próprio conhecimento, a interagirem com a comunidade e com o mundo do trabalho, pois isso ajuda a consolidar o processo de aprendizagem”, ressalta.

Em entrevista ao Portal do Ifal, Felipe partilhou um pouco de sua história e mostrou maturidade ao falar sobre a relevância da educação: “O estudo proporciona tanto a mudança de vida, como a visão e a compreensão do mundo, livrando-nos de preconceitos e nos tornando pessoas melhores. E isso é muito importante, principalmente em nossa região onde não há muitas oportunidades”, destaca o jovem estudante.

Portal Ifal - Conte um pouco sobre sua história?

Felipe - Sou nascido e criado na cidade de Palmeira dos Índios, tenho 18 anos, e sou o caçula de três filhos. Estudei em escolas particulares da cidade (ensino fundamental) e em 2012 entrei no Ifal, onde até hoje curso Eletrotécnica.

Fui incentivado pela família a entrar no instituto, pois meus irmãos também passaram por lá e tiveram uma experiência muito positiva, além da instituição ser uma referência na educação regional. Sendo assim, sempre tive vontade de estudar no Ifal.

Portal Ifal - E como é a experiência de estudar no instituto alagoano?

Felipe - O Ifal sempre proporcionou, além do ensino médio e técnico de qualidade, várias atividades extracurriculares que me permitiram tomar ainda mais gosto pelos estudos, como a experiência da monitoria e a participação em olimpíadas do conhecimento, nas quais ganhei algumas premiações.

Logo no primeiro ano, participei de um projeto de extensão com a dentista Dayse (profissional que atende os alunos do campus). Ali, aprendi a desenvolver minhas habilidades de comunicação, pois ministrava palestras para alunos de uma escola estadual.

Do segundo ao quarto ano, engajei-me em um projeto de pesquisa do convênio da Petrobras com o professor Eberth, o mais antigo do campus ainda em atividade. Desde agosto de 2015, sou monitor de Física.

Portal Ifal - Seu sonho sempre foi fazer física. Por que escolheu medicina?

Felipe - A monitoria fez aumentar cada vez mais a paixão por física, motivando-me, inclusive, a prestar o vestibular da Universidade de São Paulo (USP) este ano. Passei na primeira fase e semana passada fiz a segunda, aguardo o resultado que sairá no dia 2 de fevereiro.

Quanto a escolha por medicina, ela foi uma alternativa para o curso de física que queria cursar em São Paulo. Devido a distância da família e aos altos custos, decidi, com o apoio familiar, permanecer em Alagoas e tentar a área médica. Caso ocorra de não me identificar com o curso, posso tentar física novamente.

Com minha nota, de 811,72 pontos, era possível entrar em física na USP, mas pelos motivos citados, fiz a primeira opção para medicina.

Concorri pela ampla concorrência, pois vi que não seria necessário o uso da cota, apesar de achá-la um excelente meio de democratização do ensino.

Portal Ifal - Como foi sua preparação para o Enem?

Felipe - No ano de 2015, comecei a estudar para o Enem. Minha rotina era passar o dia no Ifal, estudando pela manhã e indo para a monitoria no período da tarde. À noite e aos finais de semana, dedicava-me ao vestibular em minha casa, sem o auxílio de cursinho, estudando de 3 a 4 horas por dia. Não me privei de nada, continuei saindo com os amigos, indo a shows e viagens com a turma. Então, acredito que a conquista é o resultado de anos de comprometimento com o estudo, desde o ensino fundamental.

Portal Ifal - A quem você gostaria de agradecer e dedicar essa conquista?

Felipe – Quero agradecer a Deus e a minha família: minha mãe Eunice, que é professora de história da rede municipal de Palmeira dos Índios; meu pai Sérgio, que é comerciante; e meus irmãos, que também passaram pelo Ifal e hoje são formados por universidades federais, Rafael (formado em Engenharia Elétrica) e Karoline (em Serviço Social).

Quero agradecer ao Ifal, a todos os servidores e professores de altíssimo nível que possibilitaram essa minha conquista e minha formação como cidadão.

Quero ressaltar, ainda, a importância do estudo, principalmente em nossa região onde não há muitas oportunidades. O estudo proporciona tanto a mudança de vida, como a visão e a compreensão do mundo, livrando-nos de preconceitos e nos tornando pessoas melhores.  

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